Justiça

Hacker do STJ sequestrou dados, criptografou backups e fez homenagem a Mariana Ferrer

Marcello Casal Jr./Agência Brasil
Bnews - Divulgação Marcello Casal Jr./Agência Brasil

Publicado em 05/11/2020, às 14h40   Redação BNews


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Mais detalhes sobre o ataque hacker sofrido pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) na última terça-feira (3) foram divulgados na tarde desta quinta-feira (5) pelo portal "O Bastidor". De acordo com o veículo, o hacker criptografou todo o acervo de processos da corte, assim como todos os dados e sistemas que estavam no servidor. Até mesmo os backups dos dados da corte foram criptografados.

No momento, uma força-tarefa de técnicos do tribunal e peritos de empresas terceirizadas estão tentando quebrar a criptografia, mas não tiveram sucesso até o momento. Considerando que todos os arquivos do STJ estão bloqueados e indisponíveis até o momento, é possível considerar que se trata do mais grave ataque digital cometido contra um órgão de estado do país até hoje. 

Além do sequestro dos dados, também foi divulgado que o hacker está pedindo um resgate de tudo aquilo que foi criptografado, algo comum em ataques deste tipo, que são categorizados como ramsomwares. Além do resgate, o hacker também deixou a mensagem "#EstuproCulposo" no sistema do STJ, em referência ao caso da blogueira Mariana Ferrer, cujo julgamento dominou a internet nos últimos dias.

Por fim, também foi informado que os técnicos do STJ levaram cerca de seis horas para perceber o ataque aos sistemas da corte, que levou a mesma a paralisar todas suas atividades por uma semana. Essa não é a primeira vez que ataque desse tipo ocorrem no Brasil. Órgãos como o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o Sistema Único de Saúde (SUS) e o Governo de Brasília já foram atacados, no entanto conseguiram diminuir os danos causados em tempo hábil.

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