Faroeste: Ex-juiz do TRE-BA e filho de desembargadora presa também foi citado em delação; veja

O ex-juiz do Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA) e advogado Rui Carlos Barata Filho, que tem como mãe a desembargadora Lígia Maria Ramos Cunha Lima, uma das que tiveram a prisão temporária decretada nesta segunda-feira (14) em nova fase da Operação Faroeste, também está entre os citados na delação da magistrada Sandra Inês Moraes Rusciolelli, do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), e do filho dela, o também advogado Vasco Rusciolelli Azevedo.

O documento, já homologado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), ao que tudo indica, foi o ponta pé para a deflagração da nova fase da Faroeste contra membros do Judiciário baiano, advogados, servidores públicos e até o secretário de Segurança Pública da Bahia, Maurício Barbosa. Ao todo, são citados 12 desembargadores, 11 juízes, 12 filhos e parentes de autoridades, 12 advogados e 11 funcionários do TJ-BA e particulares.

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De acordo com a delação, há a suspeita de que Rui Carlos Barata Filho tenha montado um escritório de advocacia em sociedade com Júlio César Cavalcanti, também investigado pela Polícia Federal e autor de delação já homologada pelo Ministério Público Federal (MPF). O negócio seria situado na cidade Barreiras, para operar ilicitamente nos processos por disputa de terras, à época em que a mãe de Rui atuava na Câmara do Oeste. 

A desembargadora Sandra Inês, no entanto, afirmou em colaboração premiada que, “malgrado nunca tenha recebido qualquer benefício com estas decisões, sempre atendeu advogados e decidiu favoravelmente algumas vezes”.

A magistrada também citou que recebia no gabinete, além de Rui Barata Filho, os advogados Arthur Ramos Barata Lima, Virna Ramos Barata Lima, Bruno Almeida de Maia e Marcelo Junqueira Ayres Filho, a maioria alvo de mandados de busca e apreensão da Polícia Federal, nesta segunda-feira (14), no âmbito da Operação Faroeste.