Justiça

Operação Backstage: MPF denuncia ex-prefeito de Palmas de Monte Alto e mais 19 pessoas

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Crimes teriam sido cometidos entre 2013 e 2016, com recursos da saúde e da educação  |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 16/03/2021, às 06h43   Redação BNews


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O Ministério Público Federal (MPF) ajuizou cinco ações penais contra o ex-prefeito de Palmas de Monte Alto, no Sudoeste baiano, Fernando Nogueira Laranjeira, e o filho dele, Fernando Bastos Laranjeira, por uma série de crimes em contratações que somam R$ 6,6 milhões em recursos públicos da saúde e da educação.

Também foram denunciados à Justiça um secretário municipal, um tesoureiro, cinco servidores públicos, que integraram as comissões das licitações fraudadas, e mais 11 pessoas, que controlavam ou representavam as seis empresas envolvidas e beneficiadas pelos crimes. As ações foram propostas em Guanambi entre 11 de fevereiro e 1º de março.

De acordo com o inquérito, os crimes teriam sido cometidos entre 2013 e 2016 e a investigação teve início a partir de acordo de colaboração premiada firmado pelo MPF com um ex-agente público, que trabalhou nos municípios que foram alvo da associação criminosa. 

As ações contam com as provas colhidas durante a Operação Backstage, deflagrada pelo MPF em parceria com a Polícia Federal (PF) em 11 de fevereiro passado, em seis municípios baianos.

Esquema
O esquema denunciado pelo MPF era conduzido pelo filho do ex-prefeito e contemplava a simulação de licitações para a contratação de diversos serviços: assessoria em licitações, transporte escolar, construção de unidades de saúde, praças e quadras poliesportivas.

Entre os ilícitos apurados estão: restrição da competitividade de licitações, acordo ilegal entre empresas para que uma delas fosse vencedora e firmasse contrato, superfaturamento, e, inclusive, o pagamento de mais de meio milhão de reais por serviços que não foram efetivamente prestados.

Crimes e penas
Com as ações, o MPF busca a condenação dos envolvidos por dois crimes: desvio de recursos públicos, que prevê pena de reclusão de 2 a doze anos, reparação dos danos causados aos cofres públicos, perda de cargo e inabilitação por 5 anos para o exercício de cargo ou função pública, eletivo ou de nomeação; e fraude licitatória, que prevê pena de detenção de 2 a 4 anos e multa.

Classificação Indicativa: Livre

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