Justiça

Faroeste: PGR "repele insinuações" após carta de desembargadora sobre Aras

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Ilona alega ser inocente e que foi presa por não desembolsar o valor de R$ 1 milhão para sair impune da trama da Faroeste  |   Bnews - Divulgação Rosinei Coutinho/SCO/STF

Publicado em 04/06/2021, às 15h31   Redação BNews


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A Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou, nesta sexta-feira (4), após a revista Crusoé divulgar uma carta da desembargadora Ilona Reis, do Tribunal de Justiça da Bahia (MP-BA), investigada e presa no âmbito da Operação Faroeste. Nas páginas da extensa carta, Ilona alega ter sido alvo de uma série de atos de coação e extorsão antes de sua prisão, em dezembro de 2020, que teriam sido praticados por um advogado ligado a Augusto Aras, jurista baiano atual Procurador Geral da República. 

"[...] em decorrência de diligências concluiu-se a coleta de provas contra a investigada e o pedido de prisão foi encaminhado ao STJ. Surpreende que a alegação da agora ré não tenha sido apresentada no processo, mas na imprensa. O PGR repele as insinuações", afirmou a manifestação da PGR sobre o conteúdo da carta. 

A Procuradoria destacou que a prisão da desembargadora foi reiterada pela Corte Especial Superior Tribunal de Justiça (STJ) "após análise de farto acervo probatório documental e pericial". "As provas apontam para a existência de uma organização criminosa que vendia sentenças, formada por desembargadores, advogados e autoridades policiais, fazendo parte da apuração inclusive crimes de homicídio", escreve o comunicado.

De acordo com a publicação, a carta foi redigida pela desembargadora diretamente da cela especial, dentro de um batalhão da Polícia Militar do Distrito Federal que funciona em um dos anexos do presídio da Papuda.

Ilona alega ser inocente e que foi presa por não desembolsar o valor de R$ 1 milhão para sair impune da trama da Faroeste. A sua prisão fez parte do rol de decisões proferidas pelo ministro Og Fernandes, relator da Operação Faroeste no Superior Tribunal de Justiça, o STJ, a pedido da PGR.

A narrativa publicada pela Crusoé, com base na carta de Ilona, aponta que a desembargadora afirma ter recebido de um advogado uma proposta para que não fosse envolvida na operação conduzida pela PGR.

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