Justiça

Rosa Weber manda PGR avaliar se Bolsonaro cometeu crime de genocídio durante pandemia

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Presidente foi alvo de uma petição apresentada por um advogado baiano, do município de Caculé, baseada em passagens bíblicas  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Rosinei Coutinho/SCO/STF

Publicado em 07/06/2021, às 11h06   Redação BNews


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A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber, vice-presidente da corte, determinou que a Procuradoria Geral da República (PGR) avalie se o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) cometeu os crimes de genocídio e charlatanismo durante a pandemia da Covid-19.

De acordo com informações do portal UOL, Bolsonaro foi alvo de uma petição apresentada por um advogado baiano, do município de Caculé, baseada em passagens bíblicas. Ele argumenta que "estávamos em um verdadeiro Apocalipse" e que, "desde o mês de março de 2019" tenta alertar os moradores do município.

"Além de alertar os pastores da minha região, joguei suco de uva na frente das igrejas, vesti roupa de pano de saco, bem como preguei panfletos nas portas das igrejas ainda em 2019", escreveu o advogado na petição enviada ao STF.

Embora a determinação da ministra para que a PGR avalie a petição seja protocolar - uma vez que cabe à Procuradoria tomar posição sobre o tema -, ela poderia ter arquivado a ação desde o princípio.

No sistema eletrônico do STF, na última sexta-feira (4), Weber determinou "a abertura de vista dos autos à Procuradoria Geral da República, a quem cabe a formação da opinio delicti em feitos de competência desta Suprema Corte". Após a manifestação da PGR, a ministra irá avaliar a petição.

O defensor também relaciona a ida de Bolsonaro ao Templo de Salomão, da Igreja Universal, em 2019, à crise sanitária. Naquele ano, o presidente foi ungido pelo bispo Edir Macedo, líder da igreja. Segundo a publicação, o documento de cinco páginas não apresenta fatos ou dados concretos sobre a pandemia. Além de genocídio e charlatanismo, o advogado também acusa Bolsonaro de ter cometido fraude processual.

Rocha ainda diz que chegou a enviar um ofício ao senador Randolfe Rodrigues (Rede), vice-presidente da CPI da Pandemia, para que fosse ouvido pela comissão.

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