Justiça

“Urna eletrônica funciona sem conexão com rede mundial de computadores e passa por auditoria”, afirma secretário do TRE-BA

TRE-BA
Bnews - Divulgação TRE-BA

Publicado em 24/09/2021, às 05h55   Lucas Pacheco


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O secretário de Planejamento, de Estratégia e de Eleições do Tribunal Regional Eleitoral da Bahia, Victor Xavier, destacou a segurança e a inviolabilidade das urnas eletrônicas, em entrevista ao programa Bnews Agora desta quinta-feira (23), na Piatã FM. O gestor lembrou ainda que até pouco tempo atrás, com o voto impresso, os eleitores brasileiros sofriam com o voto de cabresto.  

“No grosso apanhado histórico, o Brasil foi parte do Império Português, teve a independência em setembro de 1822 e depois disso nós tivemos curtos períodos em que foi possível exercer o voto. E nós temos o histórico, do começo da República, do voto de cabresto. E, em meados década de 1990, foi criada a urna eletrônica que funciona sem conexão com a rede mundial de computadores e passa por diversos processos de auditoria”. 

Ele destacou também que a resolução sobre a auditoria das urnas eletrônicas prevê ampla fiscalização pelos mais diversos órgãos brasileiros. 

“Lá, é possível ver que os partidos políticos, a Ordem dos Advogados do Brasil, o Ministério Público, a Controladoria Geral de União, a Polícia Federal, a Sociedade Brasileira de Computação, o Conselho Federal de Engenharia e Agronomia, o Conselho Nacional de Justiça, o Conselho Nacional do Ministério Público, o Tribunal de Contas da União, as Forças Armadas, Entidades Privadas sem fins lucrativos, mas com atuação em fiscalização e transparência de gestão publica, são convidadas a participar de todos os processos de auditoria da urna eletrônica”.  

Ele ressaltou ainda outros testes de checagem de segurança das urnas. 

“Nesse ano, 2021, também vai acontecer a sexta edição do teste público de segurança. A justiça Eleitoral convida hackers para testarem a segurança das urnas eletrônicas. Além de não estar conectada com a internet, além de ser feito teste, de possuir um lacre físico, no dia da votação é feito um teste de segurança, uma auditoria. Uma urna em qualquer lugar da cidade é sorteada e levada ao TRE-BA e é feito um voto cantado, feito um teste, pra saber se a programação daquela urna está de acordo com o que o eleitor digitou”. 

Sobre as informações de cada uma das urnas, ele apontou que são impressos documentos antes e depois da votação que podem ser fiscalizados por qualquer pessoa. 

“Antes de começar a votação, se imprime um documento chamado Zerésima, pra mostrar, como o próprio nome diz, que a urna está zerada. E, depois da votação, existe o resultado impresso que se chama BU – Boletim de Urna. Assim que a votação acaba, os BUs são impressos e o eleitor e fiscais de partido têm condições de fazer essa checagem. Eles ficam pendurados por um bom tempo no TRE”.

Quanto as ameaças do presidente Jair Bolsonaro de não haver eleições em 2022, sobretudo devido a não aprovação da PEC do voto impresso, Xavier afirmou que o TER trabalha com planejamento regular das eleições. 

“Nós trabalhamos com distanciamento de questões políticas. A gente está fazendo planejamento regular das eleições, acreditando na harmonia entre os poderes e aguardando que o eleitor compareça ao TRE, regularize o seu título para exercer o direito de voto A gente procura se manter afastado dessas discussões sobre haver ou não haver eleições, mas eu posso assegurar que, no âmbito interno e de nossas competências, a Justiça Eleitoral está trabalhando regularmente, a todo vapor e com portas abertas para quem quiser saber como funciona o TRE e o processo de votação”.

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