Justiça

Irmã de ex-ministro do STF convenceu mulher a investir em esquema de pirâmide do Faraó dos Bitcoins

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Sessões de terapia eram utilizadas para convencer vítima  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Youtube

Publicado em 24/10/2021, às 19h40   Redação Bnews


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Uma mulher do Distrito Federal teve um prejuízo de R$ 62 mil após ser vítima do esquema de esquema de pirâmide financeira liderado pelo ex-garçom Glaidson Acácio dos Santos, conhecido como o Faraó dos Bitcoins. Após ter sido supostamente convencida a investir dinheiro por sua psicóloga e irmã do ex-ministro e presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, em uma sessão terapia, e descobrir o golpe, ela registrou denuncia na Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF).

A terapeuta que convenceu a mulher foi Elda Barbosa Gomes, e segundo o relato feito pela vítima à polícia, ela acreditou que o vinculo com Joaquim Barbosa seria um sinal de credibilidade para o negócio, mas que se mostrou furado tempos depois.  Ela é apenas mais uma das milhares de pessoas que investiram dinheiro na GAS Consultoria, empresa do Faraó e alvo da Polícia Federal

“Confiei em investir porque sabia que ela era irmã de um ministro do STF e, em tese, não se envolveria com nada errado. Marquei com a consultora que ela indicou. Na ocasião, essa profissional me explicou as condições e parecia se tratar de um negócio honesto. A Elda, inclusive, disse que já investia e o lucro era certo. Saquei todo o meu FGTS, no valor de R$ 62 mil, e apliquei. A promessa era um rendimento mensal de 10%”, detalhou a mulher.

A mulher, que preferiu não se identificar, destacou que relatou que o convite da psicóloga teria sido feito durante as consultas e também por meio de mensagens de texto. Inclusive, utilizar as sessões terapêuticas para tentar fazer negócio é tido como prática que contraria o código de ética da psicologia.

A vítima, que só descobriu o golpe após a operação policial que desarticulou o esquema, ainda afirmou que a terapeuta Elda teria passado o contato de uma pastora evangélica e de representantes da GAS. A pastora era representante comercial da empresa do Faraó. 

Investigação

O Ministério Público Federal (MPF) denunciou à Justiça que os representantes da GAS ofereciam uma espécie de contrato de investimento coletivo denominado “Contrato de Prestação de Serviços para Investimento em Bitcoin – moeda criptografada” e garantiam aos investidores o rendimento bruto mensal de 10% sobre o valor investido por um prazo determinado mediante “aplicação de dinheiro brasileiro em mercado financeiro da moeda criptografada denominada Bitcoin”.

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