Justiça

Relator pede condenação de 12 réus; 7 são políticos

Imagem Relator pede condenação de 12 réus; 7 são políticos
Julgados tem ligação com o PP, PTB, PMDB e PL (hoje PR)  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 21/09/2012, às 14h42   Redação Bocão News



Relator do processo do mensalão no Supremo Tribunal Federal, o ministro Joaquim Barbosa concluiu ontem (20) seu voto com o pedido de condenação de 12 réus ligados a PP, PTB, PMDB e PL (hoje PR), dos quais 7 são parlamentares ou ex-parlamentares. Ao defender a punição de políticos como Roberto Jefferson, delator do esquema e presidente do PTB, e os deputados Valdemar Costa Neto (PR-SP) e Pedro Henry (PP-MT), Barbosa procurou derrubar a relevância da tese de caixa dois eleitoral.

No encerramento do voto sobre corrupção passiva, Barbosa procurou destacar que o destino dado ao dinheiro recebido não tem relevância para o processo, porque o pagamento feito pelo PT se deveu ao apoio político oferecido pelas siglas no Congresso. Para o relator, não é crível acreditar que os repasses não tivessem vinculação com os votos dos parlamentares que ocupavam cargos de relevo em seus partidos.

O relator disse que o sistema montado pelo empresário Marcos Valério com o Banco Rural para lavar dinheiro do esquema foi fundamental para seu sucesso. "A lavagem de dinheiro funcionou como grande catalisadora nos crimes de corrupção passiva. Mediante mecanismo de ocultação dos valores, os réus ficaram livres, livres, para utilizá-los como bem entendessem, em seu projetos e de seus partidos."

O relator concluiu sua participação neste capítulo proclamando a condenação de 12 réus. Além de Henry e Costa Neto, que foram reeleitos deputados em 2010, estão entre os condenados os ex-deputados Pedro Corrêa (que presidiu o PP e foi cassado pela Câmara), Romeu Queiroz (na época, deputado pelo PTB mineiro), Carlos Rodrigues (PL-RJ), José Borba (PMDB-PR) e Jefferson, também cassado em 2005.

Após o término do voto de Barbosa neste capítulo, o revisor, Ricardo Lewandowski, começou sua exposição condenando Corrêa por corrupção passiva e absolvendo Pedro Henry. O revisor continuará seu voto na segunda-feira. A expectativa é que só na quarta-feira os outros ministros do Supremo comecem a se manifestar sobre este item do processo.

Classificação Indicativa: Livre

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