Justiça

TJ-BA é suspeito de pagar indevidamente R$ 448 milhões em precatórios

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Presidente da Corte, desembargador Mário Hirs, e a ex-presidente Telma Britto serão processados   |   Bnews - Divulgação

Publicado em 17/04/2013, às 06h39   Agência Brasil




A abertura de processos administrativos para investigar irregularidades no Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) foi determinada na última terça-feira (16) pelo corregedor-geral de Justiça, o ministro Francisco Falcão. Um dos problemas encontrados na apuração prévia realizada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) é o pagamento indevido de R$ 448 milhões em precatórios.
De acordo com o relatório, o setor de precatórios está “sem controle”, especialmente nos cálculos de atualização das dívidas e verificação dos requisitos legais de tramitação processual. “O quadro retratado, de forma breve neste relatório preliminar de correição, é grave. São indicadas sérias irregularidades na administração do Tribunal, em relação a licitações, controle de pessoal e precatórios”, registra o documento.
O atual presidente da Corte, desembargador Mário Hirs, e a ex-presidente Telma Laura Silva Britto serão processados administrativamente. Segundo Falcão, há indícios de que os dirigentes não tomaram providências quando foram alertados sobre os problemas, inclusive em inspeções anteriores realizadas pelo CNJ.
Outras irregularidades apontados no relatório são o sumiço de uma ação civil pública, funcionários aparecendo no Tribunal apenas duas vezes por semana, contratos com dispensa de licitação e ausência da declaração de bens e valores de cerca de mil juízes e servidores. A prestação de rendimentos é obrigatória por lei.

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