Justiça

Irregularidades em residência para idosos são apuradas pelo MP

Imagem Irregularidades em residência para idosos são apuradas pelo MP
Estabelecimento vem funcionando sem respeitar as regras mínimas exigidas pela legislação  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 10/05/2013, às 11h31   Redação Bocão News (@bocaonews)



Responsáveis pela residência para idosos “Shalon”, situada no Caminho das Árvores em Salvador, serão ouvidos pelo Ministério Público estadual na próxima quarta-feira, dia 15, vez que o estabelecimento vem funcionando sem respeitar as regras mínimas exigidas pela legislação, incluindo artigos do Estatuto do Idoso e das normas técnicas da ABNT e da Anvisa. Notificação nesse sentido foi encaminhada hoje, dia 9, pelo promotor de Justiça Ulisses Campos, que atua no Grupo de Atuação Especial de Defesa dos Direitos do Idoso (Geido). Segundo ele, a residência já foi autuada mais de uma vez pela Vigilância Sanitária que interditou o estabelecimento e deu um prazo, que termina hoje, para que os idosos sejam retirados do local.

Ao receber na última segunda-feira a denúncia sobre irregularidades na Shalon, Ulisses Campos esteve ontem na instituição acompanhado pela assistente social do MP Silvia Nogueira, decidindo convidar a Delegacia Especializada em Atendimento do Idoso a quem solicitou a instauração de um inquérito policial para verificar possíveis crimes contra os idosos e levantar a situação dos proprietários da casa. Segundo ele, havia 20 hóspedes na Shalon, cinco deles do sexo masculino, não sendo verificada a priori, situação de maus tratos, mas disse estar disposto a combater a clandestinidade nesse tipo de empreendimento.



Ulisses Campos explica que a ilegalidade já começa na parte externa da casa, que não conta com qualquer sinalização indicando que ali funciona uma residência onde as pessoas pagam mensalmente cerca de R$ 2 mil e não existe alvará de funcionamento. A visita teve a participação de representante da Vigilância Sanitária que informou ter problemas com a instituição desde 2009, data da primeira inspeção. Seus proprietários, inclusive, ignoraram a primeira interdição. Na segunda inspeção, foi verificado que nenhuma das exigências feitas na primeira foi cumprida pela casa, que sofreu uma adaptação e mantém idosos dividindo vagas nos quartos.

Durante a visita de ontem, o promotor de Justiça constatou que uma pessoa se apresentou como padrasto de uma senhora que não estava presente, mas seria a responsável pelo funcionamento não apenas dessa casa, mas de outras duas que cumprem o mesmo objetivo. Entre os funcionários, ele disse ter encontrado uma que afirmou ser cozinheira e a outra que seria assistente social.O Ministério Público, por meio do serviço social do Geido, também está mantendo contato com a família dos idosos a fim de que eles sejam retirados do local até amanhã.

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