Justiça

MP acusa Bompreço de violar direitos do consumidor com anúncio irreal de preços

Imagem MP acusa Bompreço de violar direitos do consumidor com anúncio irreal de preços
Rede de supermercados “viola, em suas práticas comerciais, direitos básicos dos consumidores   |   Bnews - Divulgação

Publicado em 06/09/2013, às 15h25   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)


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O Ministério Público estadual ajuizou na última quinta-feira (5), ação civil pública com pedido de liminar contra a rede de supermercados Bompreço na Bahia. O promotor de Justiça do Consumidor Pedro Castro acusa o grupo empresarial de cobrar nos caixas preços superiores aos anunciados nas etiquetas das prateleiras. Entre outros pedidos, Castro solicita na ação que a Justiça condene o Bompreço a restituir em dobro aos consumidores a diferença (a maior de cada caso individual) entre o preço cobrado nos caixas e aquele divulgado nas gôndolas.
Segundo Pedro Castro, os resultados de um inquérito civil instaurado em junho de 2010 mostram que a rede de supermercados “viola, em suas práticas comerciais, direitos básicos dos consumidores no tocante à informação, à boa-fé objetiva, à transparência nas relações de consumo e à vinculação da oferta de seus produtos”. O promotor pede ainda que a Justiça condene a rede Bompreço a compatibilizar em todas as suas 70 lojas na Bahia os preços das prateleiras com aqueles lançados no sistema dos caixas registradores. Assim, o grupo não poderia aumentar os preços nos caixas antes de fazer a devida alteração de valor nos anúncios. Do mesmo modo, não poderia diminuir os preços dos produtos nas prateleiras, antes de mudar o valor deles nos caixas.
O procedimento investigatório de 2010 foi motivado por representações protocoladas no MP por consumidores que se sentiram lesados em lojas do Bompreço, em Salvador. Na ação, o promotor se baseia, além de relatos e documentos fiscais apresentados pelos clientes, em relatórios da Superintendência de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon). Naquele ano, teriam sido deflagrados pelo órgão 24 processos administrativos contra a rede em razão de práticas abusivas da mesma natureza. Já um dos consumidores lesados relatou divergência nos preços de até 84,77%. O MP chegou a propor ao Bompreço um Termo de Compromisso de Ajustamento de Conduta (TAC), mas a rede se negou a assiná-lo. Segundo registra a ação, o Bompreço alegou que as divergências “aconteceriam raramente e em decorrência de falhas humanas”.

Classificação Indicativa: Livre

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