Justiça

Aplicativo que avalia desempenho sexual das mulheres é proibido pela Justiça

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Tubby veio como resposta ao Lulu, onde as mulheres podem avaliar seus amigos do Facebook  |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 05/12/2013, às 09h07   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)



A Justiça de Minas Gerais emitiu uma liminar na tarde desta quarta-feira (4), proibindo o lançamento do aplicativo Tubby, criado para que homens avaliassem as mulheres com base nos dados do Facebook. O juiz Rinaldo Kennedy Silva, da 15ª Vara Criminal de Belo Horizonte, especializada em crimes de violência contra a mulher, deferiu o pedido de liminar, feito com base na Lei Maria da Penha.

No resultado da ação movida por entidades feministas, o juiz entendeu que os danos à honra de uma mulher ofendida pelo aplicativo seriam irreparáveis. "Depois de ofendida a honra de uma mulher por intermédio do mencionado aplicativo, não haverá como repará-la", afirmou, em sua.

 "A gente acompanha a violência que as mulheres sofrem diariamente, e esse aplicativo é mais um instrumento de disseminação da violência contra a mulher, desse sistema patriarcalista onde a mulher é vista como um objeto", afirmou a advogada do Coletivo Margarida Alvez e militante do Movimento Mulheres em Luta, Juliana Benício.

Caso a liminar seja descumprida, o Tubby terá de pagar uma multa diária de R$ 10 mil. O aplicativo foi uma resposta masculina, mais sexualizada, do aplicativo Lulu, no qual as mulheres podem avaliar e atribuir hashtags aos homens que têm adicionados no Facebook. Também há ações judiciais contra o Lulu, mas até o momento o aplicativo continua permitido. 

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