Justiça
Foto de Gabrielle Henderson na UnsplashPublicado em 15/04/2024, às 08h55 Cadastrado por Marco Dias
O médico infectologista Marcos Caseiro, de 61 anos, foi vítima da própria advogada, Lindinalva Marques que sacou R$ 88,9 mil de um processo que ele ganhou na Justiça da Prefeitura de Santos (SP). A informação é do portal G1.
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Lindinalva confessa o crime, diz que errou, mas que foi informada que o cliente havia morrido e, por isso, usou o valor para pagar duas próteses para a mãe, que teve a perna esquerda amputada, por complicações decorrentes da diabetes.
O médico moveu a ação em 2006, para conseguir um reenquadramento funcional, já que afirmava que cumpria função em cargo superior, sem o reajuste salarial devido, pleiteando a diferença dos valores, com juros e correção.
Em 2012, houve uma decisão favorável ao médico, que deveria ter recebido R$ 62 mil. A prefeitura fez o depósito judicial junto com os honorários advocatícios, juros e correções, chegando ao valor de R$ 84,9 mil. Com os rendimentos, o valor final ficou em R$ 88,9 mil.
A advogada não comunicou ao médico da decisão e, como tinha procuração no nome dele, solicitou à Justiça o levantamento do dinheiro, se apropriando do valor. Lindinalva pagou os honorários de outra advogada que atuou com ela no caso.
O médico só descobriu que tinha sido vítima de apropriação indébita em janeiro deste ano, através de uma mensagem de WhatsApp de uma suposta secretária da advogada que atuou com Lindalva no caso, quase 12 anos depois de ter vencido na Justiça contra a prefeitura de Santos.
Apropriação indébita
A atual advogada do médico disse que o cliente pretende mover um processo contra Lindinalva na esfera criminal. A pena para o crime de apropriação indébita é de um a quatro anos de reclusão e multa, podendo ser aumentanda em hipóteses tipificadas em lei.
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