Mirando presidência, Davi Alcolumbre apresenta mudança no Senado

Davi Alcolumbre, senador da União-AP, tem estado ocupado com a política, enquanto seu papel na produção de legislação tem sido "minimizado". Alcolumbre, que está no comando do principal colegiado do Senado e está negociando emendas parlamentares para seu estado, realizou apenas quatro sessões da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) em 2024. Uma sessão durou apenas 42 segundos e outra não chegou a meia hora.

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A equipe de Alcolumbre justifica que ele tem desempenhado dois papéis de grande responsabilidade nos últimos anos. Ele esteve no comando da CCJ desde 2021 e liderou o Senado entre 2019 e 2020, cujo papel era "conduzir os trabalhos legislativos da Casa".

Enquanto liderava a CCJ no ano passado, Alcolumbre organizou as sabatinas dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), Cristiano Zanin e Flávio Dino. Em sua sessão mais recente na comissão, ele abordou a questão da exploração de petróleo na Foz do Amazonas, um tema importante para o Amapá, seu estado.

O Senador Alessandro Vieira (MDB-SE) fez críticas a Alcolumbre, "Seguimos no padrão Alcolumbre de qualidade. Só movimenta a comissão quando é do interesse pessoal" disse.

A equipe de Alcolumbre respondeu que o senador "tem conduzido a comissão a um ritmo produtivo de deliberações". Eles acrescentaram que houve um recesso parlamentar em janeiro e o carnaval em fevereiro, mas em março, a CCJ retomou o ritmo normal de trabalho.

Atividade Legislativa de Alcolumbre

Desde o início de seu mandato, Alcolumbre só relatou um projeto, que tratava da intervenção federal em Brasília após o 8 de Janeiro. O texto tramitou por apenas um dia antes de ser promulgado. Alcolumbre não apresentou nenhuma nova legislação desde 2023, apenas apoiando Propostas de Emenda à Constituição (PECs) de seus colegas. Sua última proposta legislativa data de 2021, uma PEC que permite que os parlamentares se tornem embaixadores sem perder seus mandatos, que ainda está em tramitação.

Possíveis Concorrentes na Corrida Presidencial do Senado

Soraya Thronicke (Podemos-MS): É o único nome formalmente confirmado na disputa pela presidência do Senado, conforme anunciado pelo Podemos há um mês. Thronicke ganhou destaque em 2022 como candidata à presidência por suas disputas com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Rogério Marinho (PL-RN): Até o momento, Marinho é o favorito do bolsonarismo. Marinho faz parte da segunda maior bancada do Senado e é o líder da oposição ao governo de Lula.

Eliziane Gama (PSD-MA): Gama, faz parte do mesmo partido que Rodrigo Pacheco, está apostando na vontade de parte do partido que deseja uma candidatura própria ao invés de apoiar Alcolumbre. Ela ganhou projeção como relatora da CPMI do 8 de Janeiro.