Justiça

Desembargador é suspenso por Tribunal de Justiça após pedir fim da Polícia Militar

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Tribunal determinou que o desembargador será alvo de processo administrativo disciplinar  |   Bnews - Divulgação Reprodução
Marcelo Ramos

por Marcelo Ramos

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Publicado em 07/11/2023, às 07h11


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O Tribunal de Justiça do Estado de Goiás suspendeu temporariamente do cargo o desembargador que defendeu, durante um voto, o fim da Polícia Militar. A decisão foi tomada hoje pelo Órgão Especial do TJ-GO.

Segundo o portal Uol, afastamento ocorre até que se decida se o desembargador será alvo de processo administrativo disciplinar, quando o colegiado examinará novamente a questão.

De acordo com o TJ, Adriano Roberto Linhares Camargo emitiu opinião pessoal durante voto oral em sessão de julgamento no dia 1º de novembro. Por esse motivo, sua conduta será avaliada.

O desembargador continua recebendo salário e benefícios. Se houver abertura de processo administrativo, Camargo terá 10 dias para apresentar sua defesa.

COMO ACONTECEU?

Os desembargadores analisavam um caso envolvendo policiais durante uma abordagem. Antes de defender o fim da corporação, o desembargador citou "recorrentes abusos" da polícia longe de bairros nobres.

Camargo disse também que os agentes — no caso analisado — não tinham autorização para entrar na casa das pessoas abordadas.

“Aqui vai uma reflexão pessoal: para mim tem que acabar com a Polícia Militar e instituir uma forma diferente de atuação na área da investigação e repressão ao crime”, afirmou o desembargador.

Em nota, a Polícia Militar de Goiás disse repudiar os comentários "inaceitáveis e desrespeitosos" que "ousaram questionar" o papel da corporação. "Estamos sempre dispostos a um diálogo construtivo e a um constante aprimoramento na implacável batalha contra a criminalidade", afirmou.

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