Justiça

Exército investiga uso de viaturas em tentativa de golpe após suspeitas da PF; entenda

Joedson Alves / Agência Brasil
Todos os batalhões subordinados do Exército são alvos da sindicância  |   Bnews - Divulgação Joedson Alves / Agência Brasil
Redação Bnews

por Redação Bnews

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Publicado em 30/11/2024, às 12h18



O Exército abriu uma investigação interna sobre o possível uso de viaturas de batalhões de Goiânia por militares na tentativa de golpe de Estado do fim de 2022, após a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre Jair Bolsonaro (PL) na eleição presidencial. As suspeitas foram levantadas pela Polícia Federal.

A apuração é liderada pelo Comando de Operações Especiais , a cúpula dos "kids pretos", chefiada pelo general Andrelucio Ricardo Couto. Todos os batalhões subordinados são alvos da sindicância.

De acordo com a Folha, o Exército também analisou nos últimos dias os registros de entrada e saída de armas dos batalhões de Goiânia —em especial, do 1º Batalhão de Ações de Comandos .

Foi instaurado um procedimento administrativo para verificar o cumprimento das medidas regulamentares para o uso de viaturas no âmbito daquela Organização Militar”, confirmou o Exército por meio de nota.

As suspeitas sobre o uso de viaturas do 1º Batalhão de Ações de Comando surgiram após a PF identificar que um Fiat Palio, de cor preta, fez na mesma hora os mesmos trechos de ida e volta de Goiânia a Brasília que o carro do tenente-coronel Rafael Martins de Oliveira.

Rafael foi identificado pela PF como um dos seis membros de um grupo que se articulava com o general da reserva Mario Fernandes para executar um plano para prender ou matar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

O plano seria executado na noite de 15 de dezembro de 2022, segundo os esperados que estão no relatório da PF. No fim da tarde daquele dia, Rafael pegou seu carro e deixou Goiânia rumo a Brasília. O carro do batalhão fez o mesmo.

A expedição Triunfo, responsável pela BR 060, fez um relatório que mostra que os carros passaram pelo mesmo trecho da rodovia com seis minutos de diferença no início da noite do dia 15.

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