Justiça

Funcionária da Havan vai à Justiça após ter voto induzido e ganha R$ 30 mil

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A funcionária da Havan disse ainda foi agredida e demitida após registrar um B.O  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Twitter

Publicado em 20/05/2022, às 08h28   Redação BNews


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A empresa Havan terá que pagar uma indenização de R$ 30 mil a uma de suas funcionárias por assédio moral, isso porque, nas últimas eleições, em 2018, a auxiliar de vendas teria sido induzida pelo empresário Luciano Hang a votar no presidente Jair Bolsonaro. A decisão é do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª região.

"Luciano Hang dirigiu-se diretamente a seus funcionários, com vistas à induzi-los a votar em seu candidato, eis que, do contrário, suas lojas seriam fechadas e todos perderiam seus empregos, conduta essa ilegal e inadmissível, à medida que afronta a liberdade de voto e assedia moralmente seus funcionários com ameaças de demissão", escreveu a juíza Ivani Contini Bramante.

Na sentença é descrito que a funcionária relatou ter sofrido perseguição e que um dos seus superiores a agrediu. Ela diz ainda que foi demitida após fazer um boletim de ocorrência.

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Durante as eleições de 2018, Luciano Hang divulgou vídeos nas suas redes sociais em apoio ao então candidato Bolsonaro. Por vezes, ele apareceu ao lado do seu quadro de funcionários. Além disso, ele assistia as lives do então presidente com seus subordinados.

A defesa do empresário argumentou durante o processo que as gravações dos vídeos “ocorriam de maneira aleatória e não havia obrigatoriedade em assisti-los ou em votar em seu candidato à Presidência". Disse ainda que acusadora não conseguiu comprovar as perseguições e que não havia provas de dano moral indenizável.

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