Justiça
Publicado em 09/04/2024, às 20h05 Melissa Lima
A ex-funcionária de um posto de gasolina de Anápolis, Goiás, entrou na Justiça depois de ser demitida pedindo uma indenização, mas acabou sendo condenada a devolver para a empresa uma quantia de 71 salários-mínimos, equivalente a R$ 100.252,00.
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O processo diz que uma auditoria particular apontou fraudes em cartões, totalizando um déficit de R$ 227 mil. A busca foi feita pelo próprio posto em parceria com as administradoras dos cartões de crédito.
Sendo a mulher a gerente do estabelecimento e, de acordo com o documento, a única que tinha acesso ao sistema, acabou caindo sobre ela a responsabilidade pelo desvio da quantia.
A defesa da ex-gerente, em nota, afirmou que sua cliente não realizou qualquer desvio de dinheiro enquanto trabalhou no estabelecimento. “A perícia somente confirmou que houve desvio, porém não conseguiu indicar a autoria dos mesmos”, disse o texto.
No processo, a ex-funcionária alegou ter sido submetida a acúmulo de função, danos morais e assédio moral em virtude da suspeita do desvio de dinheiro. Ela reivindicava indenização no valor de R$ 87. 996,36.4
Durante o processo, porém, a perícia judicial da 1ª Vara do Trabalho de Anápolis constatou um desvio de cerca de R$ 242 mil durante dois anos. Armando Benedito Bianki, juiz responsável pelo caso, convocou uma reunião entre os advogados que representaram o posto e a ex-funcionária e recomendou um acordo.
“A partir do princípio da conciliação trabalhista, as partes podem celebrar acordo em qualquer momento do processo", explicou o advogado Jorge Henrique Elias, que defende o posto de gasolina. “É um processo que vai ser pago por anos, com parcelas de meio salário-mínimo por mês”, informou.
Com o valor atual do salário-mínimo em R$ 1.412, a ex-funcionária deverá pagar parcelas de R$ 706 até o ano de 2036.
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