Justiça

Gestor da Ferbasa tem nome envolvido em transação suspeita; confira detalhes

Divulgação / Ferbasa
Esta não é a primeira vez que o gestor tem nome envolvido em transação suspeita  |   Bnews - Divulgação Divulgação / Ferbasa

Publicado em 05/12/2023, às 10h44 - Atualizado às 17h19   Cadastrado por Verônica Macêdo


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O gestor da Companhia de Ferro Ligas da Bahia - Ferbasa precisará esclarecer como comprou em 1999 uma fazenda que, até dois anos antes, pertencia à Ferbasa, companhia na qual era diretor comercial.

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Esta não é a primeira vez que ele tem seu nome envolvido em um problema dessa esfera, considerada como transação suspeita.

“A operação envolveu até um colégio de freiras. Documentos obtidos pela reportagem apontam que as transações visavam a burlar as normas da companhia. Ao fim, o executivo adquiriu a posse do imóvel pagando bem menos do que a empresa desembolsara”, afirma a reportagem do site.

Ainda de acordo com a matéria, trata-se da fazenda São Jorge, no município de Catú, região metropolitana da Salvador, que corresponde a 60 mil campos de futebol. Hoje um hectare na região – apenas a terra sem benfeitorias – está avaliado em aproximadamente 50 mil reais. Ou seja: somente as terras da fazenda valem cerca de 3 milhões de reais. O que não é o caso do imóvel em questão.

“Em 1999, Sergio Dória pagou 42 mil reais pela fazenda – algo em torno de 208 mil reais em valores atuais. A mesma propriedade foi adquirida em 1984 pela Ferbasa por 163 milhões de cruzeiros, a moeda da época. Hoje, seriam 972 mil reais. Anos depois, em 1997, a Ferbasa, representada pelos diretores Geraldo Lopes e Gilvan Durão, vendeu a fazenda por 60 mil reais, um valor equivalente a pouco mais de 284 mil reais nos dias de hoje”, revela o site.

Vale salientar que Geraldo Lopes, é copresidente do Conselho de Administração da companhia. E o questionamento que fica é: quem foi o comprador?

“A Ferbasa perdeu cerca de 30% do valor entre a compra e a venda. A fazenda São Jorge fica a mais de 95 quilômetros do colégio, que é a distância entre Catú e Salvador.  Dois anos após comprar a propriedade, o colégio da Irmã Carmelina negociou a revenda da fazenda com Sérgio Doria. Ele pagou um valor que equivale a 21% a menos do que a Ferbasa gastou para adquirir a fazenda em 1984”, conforme garante o Bastidor.

A transação, revelada também na reportagem, foi vista como uma manobra para driblar as normas e o estatuto da Fundação controladora, que proíbe a transferência de patrimônio da empresa diretamente para seus funcionários sem autorização do Conselho. Além disso, Dória ainda comprou por um valor menor e hoje a propriedade vale quase 15 vezes o que pagou. 

“Há vários agravantes na compra suspeita. A área é considerada estratégica para Ferbasa. A fazenda é localizada à margem de uma rodovia estadual e contava com uma ampla estrutura. Estava em pleno funcionamento e era utilizada como entreposto para o escoamento portuário da produção de minérios em várias cidades”, assegura o Bastidor. 

Em nota, a Ferbasa esclareceu “que as transações comerciais descritas ocorreram há quase 25 anos, dentro da legalidade, devidamente autorizadas pelo Conselho de Administração da época e que jamais foram objeto de qualquer tipo de contestação”.

“A Ferbasa sempre atua em linha com as melhores práticas de governança corporativa e segue pautada por um elevado grau de transparência, de acordo com os princípios de ética, equidade e responsabilidade”, conclui a nota.

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