Investigação da Unigel avança na Petrobras e diretores têm celulares apreendidos

O ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Benjamim Zymler, decidiu que um contrato firmado entre a Petrobras a empresa Unigel, que envolve e investigar um contrato da Unigel com a Petrobras, que envolve a industrialização, armazenamento, expedição, faturamento e pós-venda de ureia e amônia pelas fábricas de fertilizantes nitrogenados da Petrobras em Sergipe e na Bahia, deveria ser investigado. 

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De acordo com a auditoria interna da estatal, há uma apuração interna para a conduta do  diretor William França que teria uma conduta inadequeada (o assunto deveria ter passado pela aprovação da diretoria-executiva e do conselho de administração). As informações são do colunista Lauro Jardim, do O Globo.

O contrato de R$ 759 milhões foi firmado no final de 2023. Segundo o corpo técnico do TCU, há "possíveis irregularidades". Em seus oito meses de vigência, levou a estatal a um prejuízo de R$ 487 milhões, segundo o TCU. 

O presidente do Comitê de Auditoria Estatutário da Petrobras, Francisco Petros, representante dos minoritários no conselho, contratou a empresa de auditoria KPMG para apurar o caso. 

A KPMG recomendou o afastamento dos diretores do processo de certificação das demonstrações financeiras da petroleira, até que as investigações sejam concluídas. Os celulares foram apreendidos pela auditoria interna da Petrobras e estão sob investigação.

A Unigel enviou uma nota ao  BNews informando que "não participou ou teve acesso às análises de viabilidade interna da Petrobras ou aos procedimentos de governança da Estatal e tampouco está sendo investigada".

Confira a nota na íntegra:

O contrato de tolling vem sendo negociado desde junho de 2023, fazendo parte da análise conjunta de negócios entre Petrobras e Unigel que contém a perspectiva de desenvolvimento de oportunidades nas áreas de fertilizantes, hidrogênio verde e projetos de baixo carbono, informada publicamente em Comunicado ao Mercado publicado em 06 de junho de 2023.

A Unigel, como usual neste tipo de negociação, não participou ou teve acesso às análises de viabilidade interna da Petrobras ou aos procedimentos de governança da Estatal e tampouco está sendo investigada.

A expectativa da Unigel é para que a retomada das operações se dê no menor prazo possível, para que o Brasil não continue 100% dependente da importação de ureia.

O contrato ainda depende de condições precedentes e segue em análise pelo Tribunal de Contas da União (TCU).