Justiça

MPT-BA realiza operação de combate ao trabalho infantil no estado; saiba detalhes

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Operação do MPT de combate ao trabalho infantil aconteceu no litoral sul da Bahia  |   Bnews - Divulgação Divulgação/MPT
Cadastrado por Lorena Abreu

por Cadastrado por Lorena Abreu

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Publicado em 17/03/2025, às 18h20



O Ministério Público do Trabalho na Bahia (MPT-BA), em parceria com o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), realizou operação de combate ao trabalho infantil no litoral sul da Bahia, entre os dias 7 e 10 de março. De acordo com informações do órgão, durante a operação, foram identificados 168 crianças e adolescentes em situações de trabalho infantil, sendo afastados de atividades prejudiciais à saúde e ao desenvolvimento.

A ação ocorreu em Porto Seguro e Santa Cruz Cabrália, com apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF), e as fiscalizações abrangeram feiras livres, comércio ambulante e estabelecimentos turísticos, como bares, restaurantes, barracas de praia e hotéis. Segundo o MPT-BA, em Porto Seguro, crianças e adolescentes trabalhavam sob o sol intenso das praias, realizando a venda de coco. Também foram encontrados jovens na Passarela do Álcool, ponto turístico da cidade, exercendo comércio ambulante. 

Servidores que participaram da operação, ainda encontraram outros casos que envolviam adolescentes trabalhando como auxiliares de cozinha e ajudantes de garçom em bares e restaurantes em Arraial d’Ajuda, Trancoso, Coroa Vermelha e Taperapuã, atividades que expunham esses trabalhadores a riscos de acidentes e exploração sexual. Já na Feira do Baianão, jovens trabalhavam no transporte de mercadorias pesadas, o que oferecia riscos de lesões físicas, como problemas nas costas e articulações.

A operação revelou também que muitos dos adolescentes haviam abandonado a escola devido às longas jornadas de trabalho. Em alguns casos, os jovens estavam com grande defasagem escolar ou não frequentavam a escola. Diante disso, os auditores-fiscais determinaram o afastamento imediato das crianças e adolescentes menores de 16 anos e a mudança de função para os jovens de 16 e 17 anos, para que continuassem empregados, porém,  em atividades adequadas à sua faixa etária. 

Ainda segundo o MPT-BA, os adolescentes foram encaminhados à rede de proteção, com inclusão em políticas públicas de saúde, educação e assistência social e, aqueles com 14 anos ou mais foram direcionados a programas de aprendizagem profissional, conforme a legislação.

Empregadores flagrados com trabalho infantil foram notificados e autuados.

Classificação Indicativa: Livre

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