Justiça

Operação Faroeste: CNJ decide por aposentadoria compulsória de desembargadora investigada

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Lígia Maria já estava afastada das funções desde dezembro de 2020 e chegou a ser presa preventivamente  |   Bnews - Divulgação Reprodução | TJ-BA
Alex Torres

por Alex Torres

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Publicado em 19/11/2024, às 15h41 - Atualizado às 15h58



O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu nesta terça-feira (19), por unanimidade, que a desembargadora do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), Lígia Maria Ramos Cunha Lima, terá que se aposentar compulsoriamente de suas atividades. 

A magistrada é investigada no âmbito da Operação Faroeste por interferência no curso das apurações. Lígia Maria já estava afastada das funções desde dezembro de 2020 e chegou a ser presa preventivamente. 

"O conjunto probatório demonstra que ela atuou, diretamente junto a sua assessoria, para tentar alterar a realidade dos fatos, sendo certo que a congruência das provas e dos fatos indica que a magistrada agiu de maneira desapegada aos deveres e obrigações inerentes a sua atividade jurisdicional", disse o relator do caso, João Paulo Schoucair.

O respectivo conselheiro julgou as acusações como parcialmente procedentes e votou pela aposentadoria da magistrada. Todos os demais conselheiros acompanharam a decisão, que foi confirmada por Luis Roberto Barroso, presidente do CNJ.

Ligia Maria teve a prisão flexibilizada em abril de 2022, após decisão do ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Og Fernandes, ordenando a retirada do monitoramento por tornozeleira eletrônica. 

A desembargadora estava proibida de acessar as dependências do TJ-BA, Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA), Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), Polícia Civil do Estado da Bahia, Polícia Federal e Secretaria de Segurança Pública do Estado da Bahia (SSP-BA), bem como de comunicação com funcionários e de utilização dos serviços do órgão respectivo.

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