Justiça

Peritos da PF conseguem acessar dados de telefone celular de Anderson Torres

Valter Campanato/Agência Brasil
Alvo das investigações sobre os ataques de bolsonaristas radicais em 8 de janeiro, Anderson Torres está preso há um mês  |   Bnews - Divulgação Valter Campanato/Agência Brasil

Publicado em 16/02/2023, às 14h21   Cadastrado por Lorena Abreu



Peritos da Polícia Federal (PF) conseguiram acessar os dados do telefone celular de Anderson Torres, ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal (DF) e ex-ministro da Justiça do governo de Jair Bolsonaro (PL). Alvo das investigações sobre os ataques de bolsonaristas radicais em 8 de janeiro, ele está preso há um mês, desde que desembarcou no Brasil vindo dos Estados Unidos, para onde havia viajado um dia antes dos episódios violentos na capital brasileira.

A informação sobre o acesso aos dados do celular de Torres foi divulgada na manhã desta quinta-feira (16) pela jornalista Andréia Sadi, em seu blog no portal G1.

Ela lembrou que, ao ser preso, em 14 de janeiro, Torres não estava com o aparelho e, em depoimento, alegou que o tinha perdido. A PF, então, obteve autorização da operadora de telefonia contratada pelo ex-ministro para acessar os dados disponíveis em nuvem, de acordo com Sadi.

De forma reservada, ainda de acordo com a jornalistas, os agentes da PF afirmam que os dados foram armazenados na conta da família e não havia nenhum dado relevante para o inquérito.

Torres se tornou um dos principais alvos da investigação sobre os ataques às sedes dos Três Poderes da República após a PF encontrar na casa dele, em Brasília, uma minuta inconstitucional que viabilizaria uma intervenção militar, com a retirada do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva. Justamente o que pediam os participantes dos atos de 8 de janeiro.

As forças de segurança do DF, em especial a Polícia Militar, são acusadas de omissão diante da escalada de violência da violência em Brasília. Militares da PM e das Forças Armadas já foram presos, suspeitos de facilitar, incentivar e até participar dos atos, segundo informações do site O Tempo.

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