Justiça

Presidente da Caixa faz acordo com ex-funcionária doméstica por não assinar carteira de trabalho

Agência Brasil
O valor do acordo foi de R$ 10 mil referente ao processo trabalhista  |   Bnews - Divulgação Agência Brasil

Publicado em 10/03/2022, às 08h02 - Atualizado às 08h05   Redação


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O presidente da Caixa, Pedro Guimarães, fez acordo com ex-empregada doméstica para pagar dez mil referente a processo trabalhista. A ação foi movida pela ex-funcionária em 2020, por não ter tido seus direitos trabalhistas recolhidos, foi concluída com acordo em março do ano passado. Nesse período Guimarães já integrava o Governo Bolsonaro à frente do banco.

De acordo com o portal Metrópoles, a empregada doméstica, Renata Geronimo, foi contratada pelo casal Pedro e Manuela Guimarães para ser “arrumadeira” da casa, no início de 2019.Sem carteira de trabalho assinada e ainda tendo salários atrasados, foi demitida sem justa causa em fevereiro de 2020 quando estava grávida de 2 meses. Diante de tantas violações trabalhistas, Geronimo recorreu à justiça de São Paulo.

O valor cobrado na ação, pelos advogados de defesa de Renata Geronimo, foi de R$ 56 mil dos ex-patrões, entre vencimentos atrasados e multas trabalhistas, já que ela trabalhava diariamente das 09h às 19h. Além disso, a ação previa também o recebimento de outros benefícios não pagos, como férias, recolhimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) entre outras garantias previstas na lei do direito do trabalhador. Geronimo obteve o benefício da Justiça gratuita depois que provou que estava desempregada e não tinha condições de arcar com as despesas do processo.

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A defesa dos Guimarães alegou, em julho de 2020, que a ex-funcionária era paga por prestação de serviço no mesmo dia da realização das atividades. “Exatamente o trabalho de uma diarista”, afirmou o documento assinado pelo presidente da Caixa e a mulher, defendendo que, nesse caso, não haveria irregularidades. Os ex-patrões afirmaram também não ter conhecimento da gravidez quando a demitiram.

No texto do documento de defesa do casal, Renata era uma pessoa de confiança, recebia R$ 150 por dia, e que outros integrantes da família dela também já trabalharam na casa dos Guimarães. Diz ainda que antes de ser “arrumadeira”, Geronimo já havia cobrido a licença–maternidade de sua irmã e que sua mãe também já foi funcionária da casa por sete anos.

Dias depois, a ex-empregada rebateu as declarações do casal e reiterou todos os pedidos à Justiça. Disse que sempre recebeu por mês, e nunca como como diarista. E que trabalhou, por exemplo, em todos os dias de dezembro de 2019 a fevereiro de 2020, quando foi despedida.

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