Justiça

Saiba quem são os nomes avaliados por Lula para substituir Augusto Aras na PGR

Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Bnews - Divulgação Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Publicado em 24/02/2023, às 07h04   Redação



Em seis meses, o procurador-geral da República, Augusto Aras, encerra seu mandato, e, dois nomes já despontam no entorno de Lula como os principais cotados para o posto. São os subprocuradores Paulo Gonet e Antônio Carlos Bigonha, segundo o jornal O Globo.

A publicação detalha que o petista tem sinalizado abertamente a aliados que não está comprometido em seguir a lista tríplice apresentada pelo Ministério Público Federal e que vai levar em conta outros critérios para sua escolha.

De acordo com a publicação, integrantes do governo e aliados do presidente avaliam que ambos apresentam a característica que Lula busca em um PGR: não fazer espetacularização dos processos e nem de seu papel no comando do órgão. Em conversas sobre o tema, Lula tem repetido que o PGR “deve ter responsabilidade” e não só poder.

Gonet passou a ser visto como opção para comando do órgão por seu trabalho junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). No posto de vice-procurador-geral eleitoral que exerce desde 2021, ele teve uma atuação considerada “cooperativa“ por ministros da corte e “equilibrada”, na visão de integrantes da equipe jurídica petista. 

Outro fator que pesa a favor de Gonet é sua relação com o ministro Gilmar Mendes, que se reaproximou do presidente Lula e integrantes de seu governo. Gonet foi sócio do magistrado no Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP) e já escreveu um livro com Gilmar. De perfil conservador, ele chegou a ser levado para uma reunião com Bolsonaro em 2019 pela deputada federal governista Bia Kicis (PL-DF), em meio a disputas pelo comando da PGR. Na ocasião, o ex-presidente optou por Augusto Aras.

Já Antônio Carlos Bigonha é nome apoiado por advogados com bom trânsito junto a Lula. Uma de suas principais credenciais é seu posicionamento crítico à Lava-Jato nos últimos anos.Para Bigonha, o papel do Ministério Público Federal (MPF) deveria ser menos punitivista. A ação foi vista como um aceno para o presidente eleito, preso durante a Operação Lava-Jato.

Ainda de acordo com o jornal, apesar da avaliação desses nomes, Aras tenta se cacifar para uma recondução, mas as chances de isso acontecer são "praticamente nulas", segundo interlocutores de Lula.

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp

Tags