Justiça

TJBA julga juízes da "Operação Liga da Justiça" em escândalo de corrupção

Foto: Divulgação e Reprodução/ TV Globo
Três magistrados são investigados por grilagem de terras e corrupção, com penas que podem incluir aposentadoria compulsória  |   Bnews - Divulgação Foto: Divulgação e Reprodução/ TV Globo
Claudia Cardozo

por Claudia Cardozo

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Publicado em 18/03/2025, às 11h00



O Pleno do Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA) se prepara para julgar, nesta quarta-feira  (19), três juízes envolvidos na "Operação Liga da Justiça", o segundo maior escândalo de corrupção da Bahia, superado apenas pela Operação Faroeste. O processo administrativo disciplinar, que corre em sigilo, definirá as penas aplicadas aos magistrados por infrações disciplinares, podendo chegar à aposentadoria compulsória.

A investigação, que culminou no afastamento dos juízes Fernando Machado Paropat, Rogério Barbosa de Sousa e Silva e André Marcelo Strogenski, aponta para um esquema de grilagem de terras, corrupção e agiotagem em Porto Seguro, no extremo sul da Bahia. A Corregedoria Geral do TJBA identificou a associação dos magistrados com um promotor, advogados, empresários e um secretário de obras do município, resultando em um patrimônio imobiliário milionário para os juízes.

A investigação aponta que 101 matrículas de casas e terrenos em praias paradisíacas da região estão em nome dos juízes, com movimentações financeiras incompatíveis com seus salários. O esquema teria sido facilitado pelo controle do Cartório de Registro de Imóveis de Porto Seguro por parte dos empresários, que emitiam documentos fraudulentos. A prática de sobreposição de matrículas, a aquisição de lotes em condomínios de luxo e a atuação como agiotas também foram identificadas durante a investigação.

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