Entre os artistas que compareceram à sessão especial em homenagem aos 30 anos do Axé Music, na manhã desta quarta-feira (25), na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), Armandinho e Gerônimo fizeram questão de ressaltar a importância do produtor Wesley Rangel para a evolução do gênero.
"Se Luiz Caldas é o pai do Axé, Wesley Rangel é o avô. Porque ele foi quem deu margem, estrutura, condições para que todo artista baiano tivesse uma forma de demonstrar o seu trabalho. Foi a porta de entrada de muita gente e ainda é", disse o cantor e compositor Gerônimo, que foi um dos agraciados com a placa WR.
Declaração que teve abaixo a assinatura de Armandinho, que enfatizou o trabalho realizado pelo produtor para o surgimento do ritmo aos olhos do mundo. "Foi na casa dele, o grande Estúdio WR, que começou todo esse movimento. Lá começou os grandes discos de Dodô e Osmar e começa a atrair toda essa turma, que criou esse movimento. E esse movimento foi todo registrado na WR, gravadora que o Rangel começou e ali começou tudo, começou a música baiana, o Axé Music".
O guitarrista ainda lembrou da dificuldade na época do surgimento e a influência de Rangel. "A partir do momento que ele faz os primeiros registros, ele foi a porta de entrada de tudo isso que aconteceu. Na época tínhamos uma dificuldade muito grande de chegar aos estúdios do Rio de Janeiro, se não tivesse uma pessoa na Bahia que acreditasse nisso, que investisse em um estúdio com qualidade a nível de colocar a música baiana dentro do mercado nacional, isso não aconteceria. Então, ele foi a grande porta de entrada para tudo isso que aconteceu".
Um dos principais nomes do gêneros, Armadinho afirmou que a homenagem é mais do que merecida. "Homenagear Wesley Rangel é homenagear a música baiana. Aí a importância de fazer essa homenagem a uma pessoa que acreditou, que abriu seu estúdio para toda essa cultura musical da Bahia. Homenagem merecidíssima", enfatizou.
O cantor Ricardo Chaves foi um dos artistas homenageados
