Denúncia

Empresário acusa Ventura de negligência após lancha apresentar rachadura

Publicado em 21/01/2016, às 12h50   Tiago Di Araujo (@tiagodiaraujo)


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Imagine você ter uma lancha, o sol radiante no verão, mas não poder aproveitar nada disso com sua família. É a atual situação do empresário baiano Roberto Baião, que está com sua embarcação inativa desde agosto de 2015, esperando a finalização de um conserto do fabricante, mas ninguém resolve o seu problema.
Em contato com o Bocão News, o empresário contou como tudo aconteceu. Segundo ele, a compra da lancha do estaleiro Ventura foi feita em outubro de 2012, mas com um ano de uso, o barco começou a apresentar problemas na estrutura do casco. Já em agosto de 2015, o problema se agravou e uma rachadura na parte inferior da lancha colocou a família toda em risco. 
A partir daí foi traçada uma 'batalha' com os fabricantes. Tudo começou de maneira amigável e a Ventura indicou um prestador de serviço credenciado na Bahia, a Ocema, que ficou encarregada por realizar o reparo do casco na Marina de Aratu. Porém, a fabricante alegou que era necessário o pagamento da metade do valor do serviço pelo empresário pelo fato que a lancha não estava mais dentro do prazo de garantia, que era de um ano, ficando a quantia de R$ 3.750 para o proprietário e o mesmo valor para Ventura. 
Ao ser finalizado o serviço pela Ocema, Baião teve a ingrata surpresa de não poder retirar sua lancha do estaleiro porque a fabricante não tinha feito o pagamento do valor devido. Após inúmeras dores de cabeça, o empresário decidiu efetuar o pagamento de todo serviço para retirar a embarcação e acionar a Justiça contra a Ventura. "Paguei R$ 10.900 com impostos".
Porém, o que Baião não esperava era que o reparo realizado não surtiria efeito e ao fazer um breve passeio com a lancha, a rachadura no casco se apresentou novamente, obrigando a embarcação a retornar ao estaleiro. Conforme laudo técnico expedido no dia 23 de dezembro de 2015, assinado pela Raoce Estaleiros e Serviços Náuticos, indicado pelo fabricante, ficou comprovado que a lancha apresentava defeitos de fábrica por erro no projeto, além de outros relatados pelo empresário, como:
- O tanque de combustível estava montado sobre o de água doce (espaço para acomodação teve que ser ampliado em 5cm)
- A porta do sanitário empenada 
- A lixeira falta a trava 
- O nome ventura em inox soltaram todos 
- Bomba de agua doce nunca funcionou.
- Porta da entrada da cabine emperrada no trilho a maçaneta esta manchada.
- Plataforma de popa com fissuras 
- Estofamento machado revestimento não náutico 
- Amortecedores da tampa do motor com um ano de uso tive de trocar 
- A cristaleira logo nos primeiros meses de uso soltou.
Segundo Baião, o que foi indicado pelo especialista naval era que a lancha fosse desmontada e seus itens colocado em outro casco, hipótese que é totalmente negada pela fabricante. Sem solução, o empresário acionou a Justiça para tentar resolver o caso. "O processo ainda está parado. Estamos na fase de situação extra judicial para a Ventura". 
Enquanto isso, o barco c ontinua parado no estaleiro e passará por vistoria da Capitania dos Portos da Bahia. "A Capitania dos Portos  da Bahia enviará um engenheiro naval para realizar também uma vistoria na lancha, com o objetivo de comprovar os defeitos da embarcação e evitar mais uma naufrágio na Baía de Todos os Santos", afirmou. 
A reportagem do Bocão News tentou contato diversas vezes com a Ventura Marine, que tem sede em Minas Gerais, para possíveis esclarecimentos, mas as ligações não foram atendidas até o fechamento desta matéria. 

Classificação Indicativa: Livre

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