Denúncia

Funcionários voltam a denunciar atraso de salários no Hospital Evangélico da Bahia

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Diretor diz que pode recorrer à nova linha de crédito lançada pelo governo para regularizar pendências  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Google Street View

Publicado em 31/08/2019, às 08h02   Eliezer Santos


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Funcionários do Hospital Evangélico da Bahia (HEB), no bairro de Brotas, relataram ao BNews que desde dezembro de 2018 sofrem com o atraso no pagamento dos salários. Eles chegam ao final do mês de agosto sem terem recebido integralmente os valores correspondentes ao mês de junho.

Alguns deles contam que já receberam ordem de despejo por falta de pagamento de aluguel. Outros tiveram que abrir mão de convênios médicos para enxugar os gastos. Há também casos mais graves em que o funcionário mantém a rotina de trabalho no hospital por causa das refeições servidas lá. 

Em contato com a reportagem, o diretor-geral do HEB, Rosalvo Coelho, disse que os atrasos começaram a acontecer a partir de fevereiro deste ano, quando a unidade sentiu os efeitos mais severos da crise financeira.   

“A gente espera sair dessa crise, o hospital pagou sempre em dia, pagava até adiantado, mas essa crise nos pegou, temos milhões na rua a receber”. 

Ele alega que os repasses do governo do estado e de convênios estão sendo feitos com atrasos de até dois meses e de forma parcial.

“Se eles têm R$ 500 mil para pagar, aí paga R$ 300 mil e prorrogam. Ficamos sempre com duas faturas lá presas [...] temos mais de R$ 5 milhões na rua para receber”, acrescentou, adiantando que “quando entrar o dinheiro a prioridade é sair pagando os funcionários”.

O diretor, porém, evitou fixar data para regularizar os atrasos. Segundo Rosalvo Coelho, o hospital deve recorrer à nova linha crédito da Caixa Econômica Federal destinada às santas casas e hospitais sem fins lucrativos que prestam serviços ao Sistema Único de Saúde (SUS) para equacionar a receita.

Também há registro de ocasiões em que houve falta de medicamentos e materiais para realizar procedimentos em pacientes, como kit de controle de glicemia capilar para controle de pacientes diabéticos.  

“Algum momento, sim, tivemos algumas dificuldades, mas não afetou nosso paciente. Hoje essa parte está regularizada”, contornou o diretor geral do HEB.

Em maio, o BNews noticiou o drama vivido pelos trabalhadores e a crise financeira do hospital, o que também gerou uma onda de demissões.  

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