Denúncia

Dono do Boteco do Caranguejo se defende das acusações de turista

Imagem Dono do Boteco do Caranguejo se defende das acusações de turista
"Por que não estende uma toalha e come o que quiser?", diz  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 03/04/2013, às 17h23   Terena Cardoso (Twitter: @terena_cardoso)


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Após a turista Adriana Tedoro e o baiano Marcelo Santana terem expostos uma situação vexatória que passaram no Boteco do Caranguejo, na praia de Patamares, o proprietário da rede de restaurantes, Angelo Davi, evitou negar o caso, pois não viu o que aconteceu. Segundo os clientes, o gerente teria impedido grosseiramente o consumo de cerveja vendida por um ambulante que passou no local. “Não vou dizer que nosso gerente destratou eles ou não porque eu não estava lá. Mas o que eu presencio há dois anos, desde que as barracas de praia caíram, é uma situação muito complicada. Os vendedores ambulantes estão mais ativos e as pessoas insistem em consumir produtos que não sabem a procedência”, diz.

No entanto, Angelo não hesitou em dizer que a ordem é encerrar a conta dos clientes mais resistentes. “Nós orientamos logo no início às pessoas que chegam com bolsas térmicas que o consumo externo é proibido dentro do nosso bar. Os que insistem nisso têm a conta encerrada e aí o desgaste é maior porque o cliente não aceita isso”, admite. Sobre a atuação dos vendedores ambulantes, o empresário diz que o impedimento deles dentro do estabelecimento é uma luta diária. “Eu não tenho o poder de polícia para expulsar eles de lá. Nós tentamos, com jeitinho, evitar que eles se aproximem, mas tem uns que entram no ambiente interno. É complicado, não dá para arcar com isso”, acredita.

Processos

Em sua denúncia
, a turista de São Paulo tomou conhecimento através de um garçom, que o gerente do bar estaria respondendo a processos por má relacionamento com os clientes. Mas Angelo nega. “Isso não é verdade. Eu tenho um restaurante consolidado há mais de dez anos. Não vou contratar alguém que não tenha traquejo. Nosso objetivo é tratar bem o cliente porque queremos que eles voltem”, afirma.

Sobre a expulsão e humilhação apontada pelos clientes, o proprietário lembra que em situações difíceis excessos são cometidos e apontados. Sobre isso, ele desabafa: “É uma situação desgastante demais e que vem acontecendo muito. É complicado, mas a verdade é a seguinte: o cliente insiste em ir a um restaurante, mas quer consumir o mais barato. Não vou admitir isso no meu estabelecimento porque não vou me responsabilizar por produtos que eu não sei a procedência. O cliente senta no nosso restaurante, usa o banheiro, o chuveiro, mesa, cadeira... Isso tudo custa caro. Por que não estende a toalha na praia e come o que quiser?”, questiona.


Nota originalmente postada às 13h do dia 3

Classificação Indicativa: Livre

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