Denúncia

Pescadores desmentem ações da Petrobras em Bom Jesus dos Passos

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"É tudo mentira", diz presidente da colônia de pescadores  |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 26/04/2013, às 06h32   Juliana Costa (Twitter: @julianafrcosta)


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O presidente da Colônia Z-3 de Bom Jesus dos Passos, Antônio Jorge Teixeira, está indignado com as informações encaminhadas ao Bocão News pela Petrobras, referente ao Terminal de Regaseificação de Gás Natural Liquefeito da Bahia na Ponta de Nossa Senhora. Em contato com o site, Teixeira negou todas as ações informadas pela estatal.

“É tudo mentira. Não existe nenhum projeto de compensação. O que eles informaram se refere a instalação do Campo de Manati, empreendimento de gás natural instalado em 2005, através do Programa Integrado de Projetos Produtivos (PIPP). Sobre o programa de alfabetização Mova Brasil, não tem ninguém participando, pois nos apresentaram quando o prazo para inscrição já estava no final. Até hoje não obtivemos nenhum retorno nesse sentido”.

Em nota enviada ao Bocão News no início da semana, a Petrobras informa que vem estabelecendo reuniões quinzenais com as colônias de pescadores dos municípios envolvidos para solucionar os problemas na região, incluindo a segurança do tráfego. Em relação à requalificação e melhorias na região, a Petrobras também garante que programas estão em andamento, como o Mova Brasil, para alfabetização de jovens e adultos. Também promove projetos de capacitação profissional da comunidade local, incluindo os pescadores e suas famílias, com cursos de lixador industrial, caldeireiro, montador de andaimes e eletricista, entre outros. Afirma ainda que outras contrapartidas estão sendo negociadas nas reuniões periódicas.

De acordo com Teixeira, a estatal não aprovou as solicitações dos pescadores e marisqueiras, dentre elas, a regularização das embarcações junto à Capitania dos Portos, capacitação para os pescadores, e combustível para que possam pescar em outras localidades. Além disso, solicitaram dois salários mínimos para cada tripulantes das embarcações. “Eles nos disseram que não realizam ações nesse sentido e então solicitaram projetos. Enviamos diversos projetos, incluindo aqueles de melhorias na estrutura da região, mas até hoje não nos deram nenhuma resposta. Não é possível que há 50 anos a Petrobras venha derramando óleo na localidade, acabando com nossas vidas e nada se faz para reverter a situação”.

É possível que uma nova manifestação seja realizada por pescadores e marisqueiras da região para reivindicarem solução do caso.


Publicada no dia 25 de abril de 2013, às 16h58

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