Denúncia

Enfermeira denuncia negligência e humilhação durante internação em hospital: “Largaram minha avó pingando sangue”

Leitor BNews
Emergência estava superlotada e por isso, os profissionais do setor não davam conta do serviço  |   Bnews - Divulgação Leitor BNews

Publicado em 03/03/2024, às 10h43 - Atualizado às 10h44   Redação BNews


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Familiares de uma idosa de 85 anos denunciaram na ouvidora do Hospital Teresa de Lisieux, que fica localizado na Avenida Antônio Carlos Magalhães, em Salvador, negligência por parte da equipe do hospital. Segundo a enfermeira e neta da paciente, uma profissional, que também é enfermeira e estava de plantão na última sexta-feira (01), a agrediu verbalmente.

Ao BNews, a denunciante, que preferiu se identificar apenas pelo prenome Carolina, relatou que a avó foi levada às pressas ao hospital na madrugada da última quarta-feira (28) após apresentar forte dores no abdômen e vômitos constantes.

Ainda de acordo com a denunciante, a emergência estava superlotada e por isso, os profissionais do setor não davam conta do serviço.

“Meu pai chegou ao hospital, durante a madrugada, logo após receber a notícia de minha avó. Ele ficou até o início da tarde, quando outra prima foi render ele. Nem o vômito da paciente a equipe estava limpando. Meu pai que precisou limpar tudo e ainda exigir máscara para a minha avó. Não deram a máscara... já tinha passado das 17h e decidimos pedir pra outro familiar trazer um pacote de máscaras para o hospital”, contou.

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Durante a espera para se regulada a UTI, ainda na tarde de quarta-feira (28), a paciente chegou a urinar na roupa e as enfermeiras e técnicas se recusaram a limpar a idosa porque, segundo a denunciante, o hospital não fornece fraldas.

“Chegamos ao hospital por volta de uma hora da manhã e somente por volta das cinco da tarde conseguimos uma fralda para trocá-la. Outro paciente cedeu uma fralda do pacote porque o hospital não dá. A paciente ficou urinada até um parente conseguir levar uma fralda lá. Que unidade de saúde é essa? A gente paga quase 2 mil reais de plano por mês para não ter acesso ao básico”, revelou a neta da paciente.

Já no leito de UTI, na última sexta (01), Carolina disse em entrevista ao BNews, que aguardava a realização da tomografia da avó dentro do leito, quando foi surpreendida pela colega de profissão.

“A profissional de saúde entrou sem máscara no leito junto com um maqueiro e eu perguntei do se tratava, já que ela começou a mexer em minha avó sem informar qual seria o procedimento. E antes, eu vi que ela tinha entrado no leito errado e foi advertida pelo médico”, informou Carolina.

“Eu fiquei preocupada porque ela tinha errado o leito e depois entrou no de minha avó. Então dei boa noite e perguntei quem era ela. Ela respondeu: Sou enfermeira? Por quê? Qual é o problema? Eu disse que o problema era ela entrar no leito sem se apresentar ou informar do que se tratava o procedimento. Eu sou enfermeira também e sei que não funciona assim. A profissional largou o acesso de minha vó aberto pingando de sangue e começou a agredir verbalmente a mim e minha irmã”, explicou a acompanhante.

Ainda durante o relato, a acompanhante informou que a após a confusão, a profissional se recusou voltar a atender a paciente, que precisou ser levado por outra enfermeira para realizar o exame.

Os familiares reclamaram ainda sobre equipamentos sendo usados fora da validade na unidade hospitalar, a exemplo do umidificador usado para suporte de oxigênio.

“Aquela unidade de saúde precisa de uma intervenção. Como eu tenho que implorar para ter acesso ao básico? Não estou falando do SUS. É um hospital particular além da negligência no atendimento, eu flagrei um equipamento sendo usada fora da validade”, disse a denunciante.

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