Denúncia

Família de menina internada há oito dias em hospital estadual de Salvador denuncia descaso

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Adolescente foi internada na quarta-feira passada (10) com fortes dores no abdômen e aguarda transferência desde então  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Google Street View
Daniel Brito

por Daniel Brito

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Publicado em 18/05/2023, às 12h51 - Atualizado às 17h15


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A família de uma menina internada há oito dias no Hospital Professor Eládio Lasserre, na região de Cajazeiras, em Salvador, denuncia descaso no atendimento por parte da unidade e demora na transferência da paciente através do sistema estadual de regulação.

Identificada como Júlia Santos do Espírito Santo, de 17 anos, a adolescente se sentiu mal enquanto caminhava na rua na quarta-feira da semana passada (10) e foi levada ao hospital, com fortes dores no abdômen. Desde então, vem sofrendo com consecutivas crises, que vêm sendo tratadas através de medicamentos.

No entanto, até a manhã desta quinta-feira (18), a adolescente não havia conseguido transferência para outro hospital. Em contato com a reportagem do BNews, uma colega de trabalho do pai de Júlia, chamada para acompanhar a situação e dar suporte à família, informou que a comunicação com a equipe médica a respeito da paciente tem sido difícil.

"Ninguém consegue falar com os médicos. A assistente social diz que a menina está tendo todo o acompanhamento, que está sendo bem tratada, mas não é o que está acontecendo. É mentira. Dizem que fizeram exames, mas a menina nem da sala saiu até então. Pedimos para ver o prontuário, dizem que não pode, que apenas o médico pode [liberar]", revelou.

Ainda de acordo com a mulher, a médica responsável por acompanhar os pacientes internados no hospital, incluindo a adolescente, e solicitar a regulação para outra unidade, não havia chegado até o início da manhã. 

"Nos disseram que passaria leito a leito a partir das 7h da manhã, mas até agora nada. Se ela vai aparecer no hospital, não sei", adicionou.

Posteriormente, a equipe retomou o contato com a colega de trabalho do pai da adolescente, que relatou que a médica chegou ao local por volta das 11h. No entanto, de acordo com ela, a profissional teria agido com rispidez e dito que outros pacientes teriam suas condições avaliadas antes de Júlia ser atendida. "Não houve nada de concreto", contou.

Procurada pelo BNews, a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) afirmou que "Identificamos que, diante do quadro atual da paciente, não há indicação médica para o recurso inicialmente solicitado (Regulação). O Hospital dispõe das condições necessárias para prestar a devida assistência à paciente.
O Serviço Social permanece à disposição da família para maiores esclarecimentos."

Classificação Indicativa: Livre

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