EXCLUSIVO: Moradores do Horto Florestal denunciam suposta invasão de área ambiental; veja vídeos

Há 19 anos moradores do bairro do Horto Florestal, em Salvador, ingressam com ações públicas para proteger um terreno localizado na Rua Waldemar Falcão, nas proximidades do Condomínio Reserva Albalonga.

A área de mata, conforme denúncia enviada ao BNews, não possui liberação para construções, no entanto, nos últimos meses, movimentações vêm fazendo moradores do bairro nobre desconfiarem de que uma grande obra será realizada no local.

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O denunciante, que preferiu não se identificar, mostrou diferentes vídeos e fotos com imagens de materiais de construção e de sondagem - processo de reconhecimento do solo realizado antes de se fazer uma construção. Nas filmagens, também é possível ouvir barulho de obras.

Em um despacho de 2004, que surgiu após uma ação popular, a SUCOM (Superintendência de Controle e Ordanamento do Uso do Solo do Município) suspende a licença para a uma obra da Luiz Mendonça Construtora. Na decisão, é determinada a proibição de fazer qualquer intervenção na área, já que se trata se uma área de preservação ambiental.

O BNews recebeu outra ação pública, esta de 2023, que investiga a chegada de trabalhadores no local. No documento, é dito que "a liminar deferida no processo está sendo descumprida, já que é possível ver diversas movimentações de trabalhadores no terreno".

Segundo o morador da região, denúncias foram feitas à SEDUR (Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano). O BNews entrou em contato com o órgão.

Em nota enviada na terça-feira (15), a secretaria informou que "uma equipe de fiscalização esteve no local, mas não identificou a execução de obras na área". Também foi dito que o órgão vai continuar monitorando.

Na mesma data, o denunciante enviou ao BNews vídeos de materiais de sondagem, além de funcionários da Geobahia, empresa que realiza esse tipo de serviço antes da realização de construções. 

Ao site, o denunciante declarou que a área deverá ser tomada por duas torres residenciais, mas a informação não foi confirmada.

Apesar das diversas tentativas de contato com a AMO Horto (Associação de Moradores do Horto Florestal), não obtivemos retorno.