Vizinhos denunciam festas promovidas por ex-jogador do Bahia; atleta diz ser vítima de perseguição

Um grupo de vizinhos do ex-jogador do Bahia, Feijão, denunciou ao BNews a situação da poluição sonora causada pelas festas dadas pelo atleta no condomínio Bosque do Jauá, em Camaçari. De acordo com a denunciante, as reclamações dos vizinhos já acontecem desde o ano de 2019, mas o problema segue sendo recorrente.

O vizinho que entrou em contato com a reportagem do BNews explicou que as festas na casa de Feijão acontecem em sua maioria nos finais de semana, porém às vezes também ocorrem durante a semana. De acordo com a fonte, o estopim aconteceu no último sábado (11).

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“No último final de semana foi a gota d’água, pois ele ficou até 5h30 e quando deu 9h ele voltou a ligar novamente. A revolta dos vizinhos foi tão grande que depois ele saiu de lá, a casa ficou às escuras no restante do final de semana”, disse.

Ainda de acordo com a denúncia, Feijão já foi chamado a atenção diversas vezes, inclusive pelo porteiro do condomínio, que recebe as reclamações durante as madrugadas, porém o atleta não cumpre o pedido para que o som seja desligado.

“O porteiro vai lá com o decibelímetro, diz que as pessoas estão reclamando, e ele fala que não vai baixar. Ele simplesmente ignora. Lá no condomínio a regra é que depois das 22h não pode ter qualquer tipo de som, nem baixo, e mesmo assim ele continua com o som altíssimo. Eu ainda não prestei queixa na delegacia, mas vou fazer”, explicou a fonte.

Para finalizar, ainda foi exposta uma situação onde uma moradora foi agredida verbalmente por Feijão. A situação foi inclusive relatada pela vítima em uma delegacia, e o BNews teve acesso ao Boletim de Ocorrência.

“Ele já agrediu verbalmente uma vizinha. Uma vizinha que foi se queixar com o síndico sobre essa situação. A vizinha estava ao lado da porta do síndico, e ele foi lá e agrediu verbalmente ela”, finalizou.

A reportagem do BNews entrou em contato com a assessoria do jogador Feijão, que se pronunciou afirmando que o ex-atleta nem está residindo no local e que a situação se trata de uma perseguição contra ele.

“A casa está no nome dele, mas quem reside lá é o irmão dele. Isso já vem acontecendo há tempo como perseguição de alguns moradores do condomínio. O condomínio já entrou com processo jurídico em relação a essa situação do som...existe um grupo de moradores que não aceita até a pessoa falar alto dentro da casa, eles dizem que isso incomoda. Teve uma moradora que fez um vídeo da casa dela e que dá pra ver a parte da privacidade da casa de Feijão”, afirmou a assessoria do atleta.

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— BNews (@bnews_oficial) June 13, 2022

Ainda em defesa ao jogador, a assessoria afirmou que o condomínio não possuía as medidas exatas para conferir no decibelímetro se o som que estava saindo da casa era permitido ou não, e que um grupo de moradores estão se juntando para “bater de frente” com o grupo que vem reclamando da poluição sonora.

“Têm outros moradores que quiseram se juntar para ir de encontro contra esses moradores [que estão reclamando]. Isso já é antigo, se você tiver qualquer coisinha, uma visita em casa, eles não permitem o som, então esse outro grupo está se unindo para bater de frente com eles”, explicou a assessoria.

Também foi explicado para a reportagem do BNews como estava sendo o proceder do condomínio nas situações em que o jogador era multado. “O condomínio estava agindo da seguinte forma: a multa custava o 10 vezes o valor do condomínio. Qualquer reclamação, o condomínio, por estar em processo jurídico, estava notificando, e então tivemos que fazer uma defesa”, disse.

Para finalizar, a assessoria afirmou que os vizinhos estão utilizando do nome de Feijão, por ser uma pessoa pública, para o caso tomar uma maior repercussão.

“Por saber que é uma pessoa pública querem usar o nome dele. Feijão não joga mais no Bahia, não mora mais em Salvador, só vem para passar férias, e acabam fazendo essa denúncia e utilizando o nome dele”, finalizou.

O BNews também entrou em contato com a administração do condomínio, que por meio da figura de sua síndica, Cida Lopes, afirmou que o caso é realmente verdadeiro e que ainda nesta semana medidas jurídicas cabíveis serão tomadas.

“Não é perseguição. Eu tenho inúmeras ações e multas para ele sobre poluição sonora. Estou tomando as providências cabíveis jurídicas. Vou ter uma reunião jurídica nesta semana”, disse a síndica.

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