Direto de Brasília

A expectativa é ruim, diz Requião sobre votação da reforma trabalhista

Publicado em 11/07/2017, às 10h56   Luiz Fernando Lima e Guilherme Reis


FacebookTwitterWhatsApp

O senador Roberto Requião (PMDB-PR) disse, na manhã desta terça-feira (11), que “é ruim” a expectativa para a votação da reforma trabalhista no Senado. Contrário ao projeto mesmo sendo do partido de Michel Temer (PMDB), o parlamentar acredita que “no Senado muitas pessoas têm ódio do trabalhador”.

“É uma regressão brutal. A maior greve da história do Brasil aconteceu em 1917. A sociedade civil apoiou, mas a repressão foi brutal. Washington Luiz, prefeito de São Paulo na época, deu uma declaração famosa: ‘a questão social é um problema de polícia, e tem que ser resolvida com a polícia’. Mataram 200 pessoas. O trabalhador queria salário-mínimo, férias, 13º, aposentadoria, oito horas de carga horária. Isso foi se consolidando ao longo do tempo, e esses imbecis agora querem acabar com isso de uma hora para outra, levando o Brasil a uma fantástica convulsão social. O povo não vai aceitar essa eliminação de direitos”, disse em entrevista ao BNews.

“É evidente que a CLT tinha coisa para ser modificada. Por exemplo, existe uma máfia de advogados trabalhistas que processam pequenos e médios empresários, que, mesmo com justa causa, demitam seus funcionários. E essas máfias criaram um preconceito muito grande com o trabalhador que não tem nada com isso”, prosseguiu.

Ainda de acordo com Requião, o governo tem comprado o voto de parlamentares para se salvar da denúncia feita pela PGR, e disse que o Brasil virou “um prostíbulo”. “Zveiter não estava fazendo seu voto para analfabetos, mas para muitos fisiológicos. O governo está comprando os votos, trocando os membros das comissões, comprando os líderes dos partidos. Isso é uma vergonha total. O Brasil está transformado em um Bataclan, em um prostíbulo”, avaliou. 

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp