Direto de Brasília

Petistas já esperavam decisão do STJ sobre Lula e criam expectativa em decisão do STF

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Deputados federais Wadih Damous e Paulo Pimenta conversaram com a reportagem do BNews, em Brasília, nesta terça-feira (6)   |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 06/03/2018, às 20h04   Luiz Fernando Lima e Juliana Nobre



Os deputados federais do PT, Wadih Damous e Paulo Pimenta admitiram que o resultado do julgamento no Superior Tribunal de Justiça (STJ), que negou pedido de habeas corpus para evitar prisão de Lula, já era esperado. Os dois conversaram com a reportagem do BNews em Brasília, na tarde desta terça-feira (6), e criticaram a contaminação política do processo.

“O STJ tinha uma preliminar que era entender se a decisão do STF produzia um efeito vinculante ou não. Na medida que ele entendeu que sim, não houve uma análise do mérito porque ele simplesmente remeteu para o STF a prerrogativa de poder alterar ou não e de certa forma esperávamos que essa decisão ocorresse. A expectativa é pelo julgamento do habeas corpus pelo STF”, afirmou Paulo Pimenta.

“Vem acontecendo aqui no Brasil a consolidação do processo penal do espetáculo. Mais um episódio em que, pelo fato de ser uma peça jurídica impetrada pelo ex-presidente Lula, mereceu que fosse transmitido ao vivo e em cores, em fato inédito na história do STJ. Mas o que está em jogo é o princípio da inocência. Isso não diz respeito só ao presidente Lula, mas diz respeito ao cidadão brasileiro. O que aconteceu hoje não foi inesperado. A última palavra é do Supremo. E é importante como a presidente Cármem Lúcia se comporte como presidente do Supremo e não como árbitra do processo político”, asseverou Damous.

Pimenta ainda comentou o teor político da operação da Polícia da Federal contra o ex-governador da Bahia, Jaques Wagner no âmbito da Operação Cartão Vermelho. 

“Estamos diante de uma investigação com início em 2013, onde já teve uma investigação do âmbito do Tribunal Regional Eleitoral. É muito difícil você ver um pedido de busca e apreensão com pedido de prisão cinco anos depois. E o que foi encontrado? 15 relógios? A seletividade do poder judiciário é uma coisa tão gritante que você pega como exemplo a situação do senador Aécio Neves, que foi gravado conversando com empresário da JBS pedindo propina. E em relação a ele nunca foi cumprido nenhum pedido judicial”, lembrou.

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