Direto de Brasília

"Passava mais tempo dando entrevista do que gerenciando crise", diz Ciro Nogueira sobre atuação de Mandetta na Saúde

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Para o parlamentar, o Congresso Nacional, com a instalação da CPI, "buscou a guerra política no momento de extrema dificuldade".  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Victor Pinto/BNews

Publicado em 04/05/2021, às 17h44   Victor Pinto* e Marcos Maia


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O senador governista Ciro Nogueira (PP), integrante da CPI da Pandemia, criticou nesta terça-feira (4) a atuação do ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM) à frente da pasta. Mandetta, primeiro dos quatro ministros que o Brasil teve durante a crise sanitária da Covid-19, foi ouvido pela Comissão ao longo do dia de hoje.

Nogueira avaliou Mandetta como um "grande comunicador" e que esta foi uma característica muito explorada durante sua atuação à frente do Ministério.

"Na época, passava mais tempo dando entrevista do que gerenciando uma crise, em um momento muito importante no início da pandemia, em que os estados precisavam estar sendo estruturados. Dentro de sua gestão, isso não acontece", opinou ao BNews.

O sucessor de Mandetta no posto, o médico Nelson Teich, participará da sessão do colegiado da próxima quarta-feira (5). Já a participação do general da ativa Eduardo Pazuello foi adiada para o próximo dia 19 de maio. 

Apoiador do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Nogueira disse à repórteres que o relator da CPI, o senador Renan Calheiros (MDB), e o senador Randolfe Rodrigues, entre outros, aproveitam os trabalhos na comissão para só atacar o Governo Federal. O parlamentar disse que Rodrigues, por exemplo, fica "constrangido de ter que esconder desvios de conduta de governadores". 

"Nós não vamos permitir isso, até porque a  opinião pública vai exigir. Quando chegarem os dados, os escândalos, o desvio de recurso, ela vai exigir que a comissão se debruce sobre isso. Não tem uma acusação sequer de desvio de recurso público do presidente Jair Bolsonaro ou qualquer auxiliar dele", acrescentou. Na avaliação de Nogueira, a CPI da Covid teria de ser feita depois da pandemia. 

Para ele, o Congresso Nacional, com a instalação da CPI, "buscou a guerra política no momento de extrema dificuldade".

*O editor de política do BNews viajou para Brasília para a cobertura especial da CPI da Covid

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