Direto de Brasília

Lira e Pacheco não veem novidade no discurso de Bolsonaro na ONU

Michel Jesus/Câmara dos Deputados
Bnews - Divulgação Michel Jesus/Câmara dos Deputados

Publicado em 22/09/2021, às 08h00   Victor Pinto, de Brasília* e Luiz Felipe Fernandez


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As mentiras e distorções contadas pelo presidente Jair Bolsonaro em seu discurso na Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) não são novidades para os líderes do Congresso, o deputado Arthur Lira (PP) e o senador Rodrigo Pacheco (DEM). Em conversa com a imprensa em Brasília, ambos comentaram a fala do chefe de Estado, mas evitaram críticas mais contundentes.

"Ele falou de temas específicos, mas fez o detalhamento do Brasil nos aspectos de estrutura, meio ambiente, combate à pandemia, de uma maneira que só ele pode avaliar. Mas, não há nada de novo no discurso do presidente", respondeu Lira, antes de tentar levar as perguntas para as questões relacionadas à Câmara, como a votação que deve ocorrer nesta quarta-feira (22) da PEC dos Precatórios.

Para Pacheco, nada do que foi dito por Bolsonaro difere daquilo que ele "normalmente prega", e que é preciso neste momento ressalta a harmonia e o respeito entre os Poderes, que há semanas vinha com uma relação estremecida e com ameaças golpistas por parte do presidente.

O presidente do Senado destaca que o espaço no púlpito da ONU é importante para que os governantes anunciem os avanços nos respectivos países nos últimos anos, e que Bolsonaro apresentou "pontos importantes" ao mundo. Pacheco estava reunido com Lira e o ministro Paulo Guedes durante a manhã para tratar da PEC dos Precatórios, mas pararam a conversa para ouvir o presidente em Nova York.

"O país precisa ser apresentado lá fora que demonstre as realizações nos últimos anos, não só desse governo [...] obviamente que há posições do presidente que eu discordo, mas são convicções dele, as quais devemos respeitar. É importante a cultura do respeito entre os Poderes, que devemos nos manifestar de acordo com a nossa consciência. Vamos celebrar o que há de positivo no momento, que é o mínimo de união entre os poderes para dar soluções à República, como tratamos pela manhã da situação dos precatórios", explicou Pacheco.

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