A Bahia foi o estado do Nordeste que mais gerou empregos no primeiro bimestre deste ano. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) contabilizam um saldo de 12.793 postos de trabalho criados em janeiro e fevereiro.
Vale lembrar, no entanto, que o desemprego na Região Metropolitana de Salvador (RMS) subiu para 14,3% em fevereiro, de acordo com a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), divulgada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Entre as sete regiões metropolitanas do país pesquisadas, a capital baiana é a campeã do desemprego. Recife, que vem logo em seguida, teve em fevereiro uma taxa de desemprego de 13,9%, contra 3,5% em janeiro.
De fato, eventos como a realização da Copa do Mundo, o crescimento dos projetos de habitação, as implantações de obras de infra-estrutura como a ferrovia Oeste-Leste, atraem investimentos que impulsionam o crescimento da economia em diversos setores. Mas devido a problemática falta de mão de obra qualificada e especializada em Salvador, as vagas acabam sendo ocupadas por trabalhadores de outros Estados do país ou mesmo por estrangeiros.
“Temos muitas vagas disponíveis que levam bastante tempo para serem preenchidas. Baianos, vamos nos qualificar porque vagas existem”, alerta a consultora de recursos humanos Margot Azevedo. Margot aletar ainda que mesmo aqueles que estão empregados devem investir em qualificação. “Quem buscar uma educação diferenciada garante seu lugar no mercado”, destaca.
De acordo com a pesquisada Caged, Feira de Santana foi o município baiano que apresentou o melhor desempenho na geração de postos de trabalho formal no primeiro bimestre deste ano. Em segundo lugar vem Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador, com 654 empregos, e Jequié em terceiro, que gerou 308 postos de trabalho.
