Economia & Mercado

Empresa do grupo CCR propõe devolução do serviço no Rio, diz jornal

Publicado em 19/10/2015, às 08h28   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)



A concessionária CCR Barcas, responsável pela operação da travessia marítima na Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, propôs a devolução do serviço ao estado. Um dos braços da operadora do metrô de Salvador, a empresa alega desequilíbrio econômico e financeiro do contrato, conforme informou o jornal O Globo.

Além de deixar o serviço no meio do caminho, a empresa quer ser ressarcida pela disparidade no contrato, pelo aluguel emergencial de barcas enquanto não chegam as que foram compradas pelo estado (até agora só foram entregues três de um total de nove) e pela reforma das estações Praça Quinze e Arariboia, que teria consumido R$ 45 milhões. Segundo fonte do primeiro escalão do governo, o valor pretendido seria em torno de R$ 500 milhões.

O secretário estadual de Transportes, Carlos Roberto Osorio, confirma que a CCR Barcas já manifestou a ele a intenção de fazer “uma solicitação” ao governo. Osorio, no entanto, diz que ainda não recebeu esse documento com o valor.

Formado por Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa (empreiteiras às voltas com a Operação Lava-Jato) e Soares Penido, o grupo CCR assumiu o serviço há três anos, depois que os gestores anteriores decidiram abandonar o barco, em meio a prejuízos e uma enxurrada de reclamações de usuários sobre o serviço. Na época, o consórcio também controlava a Ponte Rio-Niterói.

Três anos depois, a CCR Barcas acumula um déficit de R$ 124,2 milhões. E a crise toma corpo num momento em que a concessão (feita em 1998, quando o estado se desfez da antiga e ineficiente Companhia de Navegação do Rio de Janeiro, a Conerj ) não atingiu sequer a maioridade.

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