Economia & Mercado

Mercado imobiliário apresenta queda de 7% nas unidades vendidas em 2015

Publicado em 23/02/2016, às 12h24   Vinícius Ribeiro (Twitter: @vin_ribeiro)


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Em balanço anual apresentado na manhã desta terça-feira (23), a Associação das Empresas do Mercado Imobiliário da Bahia (Ademi-BA) sinalizou resultado negativo na movimentação do setor em 2015. De acordo com a explanação do diretor de Marketing e do presidente da associação, José Azevedo e Luciano Muricy, respectivamente, as vendas apresentaram uma queda de 7% no último ano. Em números, esse percentual reflete 6.819 unidades vendidas em 2015 comparadas às 7.345 de 2014.

"O que a gente percebe é que houve uma refração do mercado em função de alguns motivos, como a necessidade de aprovação do PDDU (Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano) e Louos (Lei de Ordenamento de Uso e Ocupação do Solo), além de infraestrutura do Governo do Estado. Esse retrato também não se deparou com o Minha Casa Minha Vida (MCMV), ou seja, com produtos econômicos", disse Azevedo. Ainda segundo ele, os números obtidos com o programa do governo federal representam 94% de lançamentos e 55% das vendas dos associados em Salvador, Lauro de Freitas, Camaçari e Feira de Santana. Os empreendimentos com dois quartos foram os mais procurados. 

"Este é um número que a gente espera que aconteça ainda em 2016, esse extrato não deve mudar muito, e pretendemos que seja dado celeridade de aprovação (PDDU e Louos) para que os outros segmentos comecem também a lançar e ter suas vendas acontecendo", ressaltou o diretor. A Ademi ainda destacou a falta de lançamentos comerciais em 2015.

MCMV

Para o presidente da Ademi, Luciano Muricy, a canalização econômica que favoreceu a busca pelo programa 'Minha Casa Minha Vida', sobretudo, pelas classes mais baixas da população, contribuiu para a falta de expansão comercial do setor. Porém, ele faz questão de destacar a importância do MCMV. "O programa é importantíssimo, a gente defende, inclusive, que ele não seja um programa de governo, mas sim um programa de estado. Tem que estar lá na Constituição, que 'x' por cento do orçamento será destinado para unidades de baixa renda", opinou. 

Luciano Muricy salientou, ainda, que bairros como Barra, Horto Florestal, Pituba e Imbuí tiveram pouco movimento no ano. "Diante da situação econômica, Operação Lava Jato..., tudo isso gera turbulência em todo o cenário", frisou.

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