Economia & Mercado

Petrobras tem a maior perda anual desde 1991 com prejuízo de R$ 34,8 bilhões

Publicado em 21/03/2016, às 19h09   Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)



A Petrobras registrou prejuízo líquido de R$ 34,8 bilhões no ano passado. É a maior perda anual da companhia considerando uma série iniciada em 1991. De acordo com o jornal O Globo, em 2014, a empresa estatal apresentou prejuízo de R$ 21,58 bilhões devido à baixa contabilitade em seu balanço por causa das investigações da Operação Lava-Jato e da queda do preço do barril do petróleo, que deteriorou o valor de alguns ativos.
Ainda de acordo com O Globo,  a Bloomberg estima que o mercado esperava ganhos de R$ 5,5 bilhões no ano passado. A expectativa do resultado da companhia, porém, não tinha um consenso, já que o mercado tinha dúvidas devido ao volume de de baixas contábeis que poderiam ser feitas. No quarto trimestre do ano passado, a estatal reportou perda de R$ 36,9 bilhões. Segundo a Bloomberg, a expectativa era de um ganho de R$ 3,8 bilhões no período.
No ano passado, a companhia fez baixas contábeis (impairments) de R$ 47,6 bilhões. O grande impacto foi nas baixas dos campos de petróleo, que sofreram quedas de R$ 36,1 bilhões. O Comperj, complexo petroquímico no Rio de Janeiro, que está com as obras paradas, teve baixas de R$ 5,2 bilhões. A companhia cita ainda em seu balanço a perda do grau de investimento do país, aumento do risco-Brasil e perdas do efeito cambial.
Segundo a estatal, houve queda na receita de vendas de 5% no ano passado, chegando a R$ 321,6 bilhões. A companhia disse que isso ocorreu por conta da redução da demanda de derivados no mercado interno, que chegou a 9%, menores preços de exportacao de petróleo, além dos preços mais baixos de nafta e QAV no mercado doméstico.
A Petrobras disse que o resultado negativo ocorreu com o aumento nas despesas tributárias em decorrência da adesão ao Programa de Recuperação Fiscal (REFIS) e aos Programas de Anistias Estaduais, que somaram R$ 7,437 bilhões. Houve também gastos de R$ 5,1 bilhões com contingências judiciais, principalmente com processos fiscais e trabalhistas. O endividamento total caiu em relação ao trimestre anterior, chegando no fim do ano R$ 492 bilhões. Os investimentos caíram 12% no ano passado, para R$ 76,3 bilhões.
Fonte: O Globo

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