Nesta quarta-feira (17), às 19h, aconteceu a abertura da 11ª edição da Construir Bahia, no Centro de Convenções da Bahia (Salvador). O evento contou com a presença de importantes nomes da construção civil, inclusive, do secretário de Planejamento do Estado, Zezéu Ribeiro, e do chefe da Casa Civil da Prefeitura de Salvador, João Leão. A feira internacional, que reúne anualmente todas as empresas do campo da construção civil do nordeste, acontece até o dia 20 deste mês (sábado).
"Todos esperam um aumento significativo no montante dos negócios gerados e um resultado ainda mais positivo para o evento em geral", fala Antônio Junior, diretor do núcleo construir da Fagga.
Para o presidente do Sindicato da Indústria da Construção da Bahia (Sinduscon/BA), Carlos Alberto Vieira Lima, o estado já está acima da média nacional atingindo um crescimento de 14.8% na construção civil em 2010, enquanto o Brasil cresceu menos que 12% neste mesmo período.
"Ocupamos o 5º lugar no mercado do país. A Bahia está sendo foco de investimento na área, afinal, temos as obras de mobilidade urbana e a Arena Fonte Nova para a Copa 2014, a construção do novo porto de Ilhéus, da Ferrovia Leste-Oeste, a Bahia Eólica entre outras", destaca Vieira.
A feira mobiliza um tema importante diante do acidente, no último dia 9 (terça-feira), que matou nove operários da construtora Segura. Segurança e saúde na construção civil serão discutidas com a realização de um fórum no dia 19 (sexta-feira). De acordo com Vieira, uma das lutas é que se inclua, como requisito para aprovação dos alvarás de construção, a apresentação de projetos relacionados a segurança no trabalho.
Outra reivindicação, segundo Vieira, é que a grade de formação das área de engenharia nas universidades públicas da Bahia contemple a disciplina de segurança e saúde no trabalho.
O presidente da Sinduscon, no entanto, acredita que é preciso ter cuidado quando se fala em acabar com as horas extras e a terceirização na mão de obra especializada. "Horas extras são necessárias em qualquer obra, óbvio, que sempre respeitando o que rege a lei trabalhista. Quanto a terceirização, ela é necessária pois há mão de obra especializada que para as construtoras não são necessárias em todas as empreitadas", contrapõe.
Além da segurança, outro ponto ainda preocupante é a carência de profissionais baianos formados na área para preencherem as crescentes vagas no ramo da construção civil. "Após três décadas sem crescimento no ramo, a juventude foi se desinteressando pelo ramo. Agora, temos o descompasso do impulso da construção civil e a falta mão de obra para atender toda a demanda do estado", conclui Vieira.
A expectativa da Construir Bahia é superar 30 mil visitantes que estiveram no evento em 2010. Gratuito e aberto ao público, a feira é direcionada a lojistas, atacadistas, arquitetos, engenheiros, administradores de condomínio, profissionais da construção, designer de interiores, decoradores, paisagistas, contrutores, empreiteiros e estudantes da área.
Fotos: Roberto Viana // Bocão News
