Economia & Mercado

Depois dos EUA, Suzano busca aval à fusão com Fibria em outros países

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Segundo o jornal, no Brasil, os esforços estariam voltados a demonstrar para o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) que a concentração em celulose seria apenas aparente  |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 15/06/2018, às 11h23   Redação BNews



Três meses depois de assinar o acordo de compra da Fibria, a Suzano Papel e Celulose está se movimentando junto a órgãos antitruste em três continentes para garantir o aval à operação, que dará origem a um gigante mundial de celulose, de acordo com o jornal O Valor. A expectativa de consultores e analistas ouvidos pela reportagem é a de que o negócio não encontrará resistência, a exemplo do sinal verde dado recentemente pelos Estados Unidos. Ainda assim, o acordo de acionistas prevê que a Suzano poderá vender até 1,1 milhão de toneladas em ativos da Fibria, ou 10% da capacidade combinada de produção de celulose de mercado, caso haja imposição por parte dessas autoridades, e consumar o negócio. Além desse volume, a Suzano poderia optar por seguir na operação ou se retirar mediante pagamento de multa de R$ 750 milhões.

Segundo o jornal, no Brasil, os esforços estariam voltados a demonstrar para o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) que a concentração em celulose seria apenas aparente. O fato de os preços praticados no país serem formados a partir de uma combinação de cotação na Europa e câmbio deve ser usado pela Suzano a favor da aprovação sem "remé sem "remédios" estruturais.

Procurada, a Suzano informou por meio de assessoria de imprensa que não comenta o assunto devido ao processo estar em andamento. No anúncio da transação, em março, o comando da empresa controlada pela família Feffer expressou confiança na aprovação do negócio, sem a necessidade de venda de ativos.

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