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Instagram não é solução para o Facebook, afirmam anunciantes

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Empresa, que teve queda recorde na Bolsa, é alvo de ceticismo de investidores  |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 28/07/2018, às 20h23   Folhapress



As previsões para a receita do Facebook que alarmaram os investidores na quinta-feira (26) aumentaram a pressão para que o Instagram —que pertence à rede de Mark Zuckerberg— conquiste mais anunciantes.

Usuários do Instagram e do Facebook veem o mesmo número de anúncios, mas os preços no primeiro são a metade do que o segundo cobra.

Isso por causa do número limitado de clientes disputando espaço no Instagram, de acordo com anunciantes.

Investidores têm contado com a receita do Instagram para superar a estagnação no uso do aplicativo principal do Facebook.

Mas a lacuna que a publicidade na rede social comprada em 2012 por US$ 1 bilhão (R$ 3,7 bilhões, no câmbio atual) tem de preencher aumentou muito mais cedo do que o esperado.

A empresa de mídia social sofreu na quinta a maior queda diária na história das Bolsas dos Estados Unidos.

O Facebook perdeu US$ 120 bilhões (R$ 400 bilhões) em valor de mercado, com retração de 19% na cotação das ações, após executivos preverem anos de margens de lucro mais baixas por causa de pressões regulatórias sobre a privacidade.

Usuários do Instagram não estão acostumados a clicar em links nas postagens, o que torna o serviço menos eficaz na geração de compras online do que o Facebook, disse Erik Huberman, fundador da agência de compra de anúncios Hawke Media.

Os dados sobre visualização de anúncios são insuficientes em comparação com o Facebook, disse.

“Existem questões fundamentais com a plataforma que levam qualquer tipo de profissional de marketing moderno a hesitar em aumentar gastos no Instagram.”

Unidade com crescimento mais rápido de receita da empresa-mãe, o Instagram tem 4 milhões de anunciantes mensais a menos.

Com o Instagram mostrando mais anúncios, o preço médio em toda a família de aplicativos do Facebook diminuiu dois trimestres seguidos após um ano de crescimento. Uma nova lei de privacidade na Europa também afetou os preços.

Procurados, Instagram e Facebook não se pronunciaram.

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