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OAS cede 100% de fatia na Invepar a credores, diz jornal

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A companhia encontrou uma solução para utilizar sua fatia na holding de concessões de infraestrutura Invepar para reduzir o seu pesado endividamento  |   Bnews - Divulgação Reprodução

Publicado em 05/10/2018, às 11h45   Redação BNews


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O grupo baiano OAS está perto de concluir um de seus principais problemas depois de ser alvo da Lava Jato e caminhar para o encerramento da recuperação judicial, pedida em 2015 para reestruturar aproximadamente R$ 10 bilhões em dívidas. As informações são do jornal Valor.

Segundo a publicação, a companhia encontrou uma solução para utilizar sua fatia na holding de concessões de infraestrutura Invepar para reduzir o seu pesado endividamento. O movimento acontece ao mesmo tempo que seus sócios recusaram mais uma proposta feita pelo controle da Invepar, desta vez uma segunda tentativa do fundo árabe Mubadala.

“Há aproximadamente um mês, a OAS concluiu uma reengenharia com parte dos credores que alongou parcialmente algumas dívidas e que possibilita a liquidação de quase a metade dos débitos”, aponta a reportagem.

Ainda de acordo com o jornal, “24,4% da Invepar pertence à OAS, que divide o controle da concessionária com os fundos de pensão da Caixa, Petrobras e Banco do Brasil (Funcef, Petros e Previ, respectivamente). No plano de recuperação judicial, a participação na Invepar era dada como pagamento de parte de uma dívida de R$ 6 bilhões com detentores de bônus no exterior (os chamados "bondholders") e de outros R$ 300 milhões devidos ao FI-FGTS, o fundo administrado pela Caixa”.

Segundo a publicação, “originalmente, em troca de R$ 4 bilhões dos bônus e de toda a dívida do FI-FGTS, o grupo de credores assumiria a fatia na Invepar. Numa eventual venda da empresa, antes ou depois da troca, teriam direito a 80% do montante referente à fatia - os 20% restantes iriam para o caixa do conglomerado OAS. Ocorre que a venda da Invepar, até agora, foi frustrada, pois Funcef, Petros e Previ recusaram diversas propostas, a última delas feita em agosto pelo Mubadala, considerando o valor baixo”.

A expectativa, conforme uma fonte que acompanha o processo de perto, é que a assembleia de homologação dos atos de cumprimento do plano aconteça ainda neste ano, possivelmente até novembro.

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