Economia & Mercado

Fieb cobra mais infraestrutura para indústria avançar

Publicado em 29/11/2011, às 15h03   Redação Bocão News



Segundo o Superintendente de Desenvolvimento Industrial da Federação das Indústrias do Estado da Bahia, João Marcelo Alves, em entrevista concedida ao jornal Tribuna da Bahia, o atual momento baiano pode ser sentido a partir dos indicadores econômicos do Nordeste.
“O crescimento do PIB na região Nordeste, acima da média brasileira e o movimento mais forte de distribuição de renda na região, com a ascensão da classe C, com certeza propicia um ambiente favorável para a atração de investimentos na região. Em especial aqueles com a produção e serviços voltados para o mercado interno.
Mas para que a Bahia seja vista com interesse, é necessário que avancemos em questões estruturais que afetam diretamente a competitividade da indústria local, como a infraestrutura de transportes, a qualidade dos nossos Distritos Industriais, e a mobilidade urbana da RMS”, avalia. Ele destaca o papel da indústria como geradora de empregos no estado.
“Segundo a base da RAIS, o estoque de empregos formais na Indústria baiana alcançou 409.248 em 2010. Os dados do Caged mostram que, de janeiro a  outubro de 2011, o saldo dos novos empregos formais gerados pela Indústria alcançou  25.002, contra 47.025 em igual período do anterior”, cita. Questionado se há riscos da crise internacional afetar a indústria no Brasil e na Bahia, ele é categórico. 
“A indústria nacional dá sinais de arrefecimento desde o início desse ano. A produção física da indústria de transformação cresceu apenas 1% de janeiro a setembro de 2011 comparada ao mesmo período do ano anterior. Na Bahia, a produção recuou 4,5% no período analisado. A queda no estado foi puxada pelo segmento de metalurgia básica (-11,8%) e Produtos Químicos e Petroquímicos (-10, 2%), intensificada pela quebra do fornecimento de energia para o Polo Petroquímico em fevereiro desse ano”, acredita. 
O superintendente da Fieb acha que a crise econômica internacional poderá afetar a corrente de comércio baiana. “Mas o saldo da balança do estado não deverá ficar deficitário, pois a indústria exportadora do estado é de bens intermediários. Com a queda nas vendas, os insumos importados também são comprados em menor quantidade, criando um “hedge estrutural” para a balança do estado. 
De qualquer forma, com um cenário internacional incerto, o setor industrial deverá frear os investimentos e contratações previstas e aguardar os efeitos da crise internacional sobre o país”, diz. Com informações da Tribuna.

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