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Com expectativa de crescimento para 2020, números da economia baiana ainda devem ser inferiores à média nacional

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Alta significante no setor industrial só está prevista a partir de 2021   |   Bnews - Divulgação BNews

Publicado em 16/12/2019, às 12h48   Yasmin Garrido



Os números da economia baiana foram baixos em 2019, com prejuízos sofridos pelo setor industrial, o que leva o estado a ficar abaixo da média nacional. O cenário foi apresentado, nesta segunda-feira (16), pelo presidente da Federação das Indústrias da Bahia (FIEB), Ricardo Alban.

Apesar dos resultados, de acordo com dados da Superintendência de Estudos Econômicos e Social da Bahia (SEI), é previsto o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 0,9%.

Embora haja previsão de aumento do PIB em 2019, a produção industrial registrou, neste ano, queda de 1,5% em 2019, com previsão de crescimento de 1% no próximo ano. A mudança de cenário é puxada por inúmeros fatores, entre eles a construção, que teve alta de 65,3% neste ano.

Quanto às previsões para o próximo ano, apesar da expectativa de crescimento econômico no setor industrial, os números ainda devem permanecer abaixo da média nacional.

Entre os motivos estão a hibernação da Fafen, que deve retomar a operação apenas no segundo semestre de 2020; a produção da Braskem, em Camaçari, que permanece sendo afetada pela paralisação da Fafen de Alagoas; queda na exportação de celulose, principalmente para a China, além da privatização da RLAM, prevista para o final do ano.

No entanto, o cenário positivo para 2020 envolve, principalmente, a retomada das obras de infraestrutura no estado, com o início da construção da ponte Salvador-Itaparica, e a Ferrovia de Integração Leste-Oeste (Fiol).

Para o presidente da FIEB, Ricardo Alban, “as obras de infraestrutura impactam no setor industrial logo que têm início”. Para ele, a retomada da economia baiana, com foco na indústria, só deve ter início, de fato, em 2021.

“Dificilmente o resultado de 2020 não vai ser diferente de 2019. Mas, esperamos crescer acima da média nacional em 2021, com o apoio e a parceria de todos os atores da sociedade, para viabilizar as novas ações e investimentos”, afirmou Alban.

“Em 2020, os projetos serão maturados. Nossa área de energias renováveis deve ter um impulso grande já no próximo ano, apesar de os efeitos serem, realmente, sentido no ano seguinte”, disse.  Para Alban, a venda de ativos da Petrobras também vai contribuir para a alta do setor industrial.

“Muitos investimentos são mais rápidos de respostas, mas dependem de toda uma conjuntura, que envolvem segurança jurídica, novas regulamentações”, destacou. 

Ricardo Alban ainda declarou que, para 2020, o retorno mais rápido será notado no setor da construção civil, justamente em razão dessas obras da ponte, da ferrovia e a provável aceleração do Porto Sul.

“Outras obras importantes e que vão dar um rápido retorno são o BRT, que deve ser concluído no final do próximo ano, o VLT e a possível ampliação da linha do metrô na capital baiana”, disse. Ele ainda explicou que a recuperação do setor já acontece desde 2019, com percepção de aumento de empregos, um saldo positivo de quase 14 mil vagas até outubro.

O presidente da Fieb, Ricardo Alban, recebeu a imprensa, nesta segunda-feira, para um almoço no Restaurante Barbacoa, em Salvador, onde fez o balanço de 2019 e traçou as previsões para a econômica e para o setor industrial no ano de 2020.

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