Economia & Mercado

Setor público tem superávit primário de R$ 8,2 bi

Publicado em 28/12/2011, às 23h40   Redação Bocão News



O setor público brasileiro registrou em novembro superávit primário de 8,204 bilhões de reais, segundo dados divulgados nesta quarta-feira pelo Banco Central (BC). Com o resultado do mês passado, o setor público alcançou um esforço fiscal de 126,777 bilhões de reais, o que corresponde ao cumprimento de 99,9% da meta para o ano, que é de 127,9 bilhões. De janeiro a novembro, o superávit primário equivale a 3,36% do PIB, ou 137,6 bilhões de reais.

Segundo o BC, a maior parte do esforço fiscal do mês passado foi obtida pelo governo central, que economizou 4,808 bilhões de reais para pagamento de juros da dívida. Já os governos regionais contribuíram com 2,623 bilhões e as estatais, com 773 milhões. No acumulado em 12 meses até novembro, o esforço fiscal do governo alcançou 137,630 bilhões de reais, o equivalente a 3,34% do PIB.

O resultado foi melhor do que o esperado por analistas consultados pelo AE Projeções, que previam valor entre 6,1 bilhões a 7,8 bilhões de reais.

Recuo da dívida - A divida líquida do setor público recuou em novembro para 36,6% do Produto Interno Bruto (PIB), alcançando 1,508 trilhão de reais. De outubro para novembro, a dívida caiu 0,8 ponto porcentual e o principal motivo da queda foi a depreciação cambial de 7,3% no mês. No ano, a dívida líquida do setor público já apresenta queda de 2,5 ponto porcentual. 

Em dezembro do ano passado, a dívida equivalia a 39,1% do PIB (1,475 trilhão de reais). O superávit acumulado de janeiro a novembro, segundo o BC, contribuiu para uma redução da dívida de 3,1 ponto porcentual. A desvalorização cambial de 8,7% acumulada no ano contribuiu com queda de 1,1 pp. Já a variação na paridade das moedas que compõem a dívida externa líquida contribuiu com redução de 0,2 ponto e o efeito do crescimento do PIB corrente com 3,3 ponto.

Segundo o BC, essas reduções foram compensadas parcialmente pelo impacto dos juros no estoque da dívida, que elevou em 5,2 ponto a dívida líquida. A dívida bruta subiu em novembro para R$ 54,5% do PIB, alcançando 2,245 trilhões de reais, com aumento de 0,2 ponto ante outubro.

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